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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Vinícius de Morais completaria hoje 107 anos; seu nome está numa rua do Novo Mundo

Geral

 

 

Rua Vinídius de Moraes, no Bairro Novo Mundo.

Em Francisco Beltrão, as ruas do Bairro Novo Mundo levam nomes de políticos como João Goulart e Marechal Hermes, e também de literatos de destaque nacional, como Carlos Drumond de Andrade, Castro Alves, Cora Coralina, Graciliano Ramos, Humberto de Campos, Manuel Bandeira, Monteiro Lobato, Paulo Leminski, Vinícius de Moraes…

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Daria uma Academia Brasileira de Letras.

O carioca Vinícius de Moraes nasceu há 107 anos, dia 19 de outubro de 1913. A rua que leva seu nome tem asfalto, mas é tranquila. Toda residencial. Tem bastante cachorro.

Lá pelas 7:30 da manhã desta segunda-feira, um morador que estava sentado na área recebe a reportagem com um bom dia amigo e responde algumas perguntas.

– Rua boa de morar?

– Sim, mas tem que estar preparado.

– Muitos cachorros, é pra segurança?

— É, não pode bobear.

– O senhor mora na Rua Vinícius de Moraes, né.

— É essa que passa ali e vai embora.

– O senhor sabe quem foi Vinícius de Moraes?

– Não sei. Ele mora por aí?

Vinícius de Moraes foi poeta lírico, dramaturgo, jornalista, diplomata, cantor e compositor, deixou uma vasta obra. Tinha fama de grande conquistador. Boêmio inveterado, fumante, chegado em uísque, morreu com 66 anos (19-10-1913 a 9-7-1980).

Que seja eterno (ou infinito) enquanto dure

Vinícius deixou textos célebres. Escrevia muito em forma de soneto, como este, talvez o mais famoso, que falava de amor infinito, ou, conforme a preferência popular, amor “eterno”

Soneto de fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

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