Ele venceu um longo tratamento com cirurgias e sessões de quimioterapia e radioterapia.
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O professor aposentado Antônio Batista, 58 anos, de Salgado Filho, que venceu um câncer no pescoço há alguns anos, tem vivido experiências incríveis. A última “peripécia” foi o rapel, no último domingo, 21, em uma pedreira de Francisco Beltrão. Ao descer, Antônio afirmou: “Viva! Eu venci o câncer!”
Antônio já comandou uma caminhada de jovens entre Salgado Filho e Francisco Beltrão, de 40 quilômetros, anos antes de ter o diagnóstico do câncer. Ele trabalha no Colégio Estadual Padre Anchieta e depois de ter a doença, que atacou a região do pescoço, precisou fazer cirurgias, 38 sessões de radioterapia e outras tantas de quimioterapia.
Teve broncoaspiração e quase morreu. Depois vieram as sequelas deste problema. Também precisou usar sonda no nariz.
Ele não pode mais comer alimentos sólidos. Tudo tem que ser líquido. Ele praticamente perdeu o movimento da língua – cerca de 90%. Além de não poder mastigar os alimentos, tem dificuldade com a fala. Por isso, faz sessões de fonoaudiologia. Mas o professor ressalta: “Tô sempre bem nutrido”.
Antônio conta que por quatro vezes recebeu a bênção da extrema-unção porque estava para morrer. Ele é casado com a também professora Terezinha e o casal teve dois filhos – uma moça e um rapaz.
Apesar de todas as dificuldades de saúde enfrentadas, Antônio deu a volta por cima. Devido ao problema de saúde, ele está aposentado. Hoje se dedica à sua casa, cuida do seu jardim, com muitas flores e folhagens, tem criação de abelhas, fabrica peças em marcenaria e faz trabalhos voluntários em várias entidades.
Nos últimos tempos, além das atividades voluntárias e em casa, ele vem assumindo alguns desafios. Para quem acompanha de longe, o professor parece que depois de vencer os problemas do câncer e ter de se aposentar, a vida ficou mais leve para ele. Topa desafios que muitos preferem não assumir.
Já fez o desafio de caminhar 100 quilômetros ao longo de vários dias e estimulou outras pessoas a fazer o mesmo – até uma página no Facebook foi aberta para os participantes. Foi na tirolesa de 1.200 metros no Hotel-Resort Itá Thermas e em outra em Chapecó de mais de mil metros. “Eu sabia que gostava disso, mas tinha receio”, conta, sorrindo. E emenda: “Eu já era bem natureba. Hoje mais ainda”.
O último desafio foi encarar o rapel de 37 metros, na Pedreira Mãe Natureza, em Beltrão, onde hoje funciona no Centro Municipal de Zoonoses. Ele recebeu as orientações dos coordenadores do grupo e, até o momento que a reportagem se retirou do local, desceu pelo menos duas vezes. São duas cordas colocadas em volta do corpo. Se uma falhar, tem outra e ainda mais as pessoas de apoio na parte de cima e debaixo da pedreira.
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Recado para quem está com câncer
Diante da superação das dificuldades da doença, Antônio Batista mostra que a persistência e a fé são importantes. “A primeira palavra na minha mente é sempre gratidão. Apesar de tudo, tive uma sobrevida por ter enfrentado o problema.”
Ele deixa uma mensagem para as pessoas que estão com câncer e precisam encarar o tratamento ou cirurgia: “Não desista nunca! Se houver um fio de esperança, não desista!” E quem diz isso é uma pessoa que esteve à beira da morte por quatro vezes. Ao fazer o rapel pela segunda vez no mesmo dia, ele gritou: “Viva! Eu venci o câncer!” e os colegas de aventura vibraram com ele.
Empresa faz treinamentos técnicos e cursos de rapel para lazer
Diogo Nievola, da Máster Cursos e Treinamentos, organizou o rapel – descida em cordas – de pedreiras e edifícios. “Estamos aqui, fazendo rapel, há aproximadamente cinco anos. Na verdade, a gente forma a turma e vem fazer o rapel. O nome da nossa empresa é Master Cursos e Treinamentos. Reunimos uma quantidade xis de pessoas – agora tá meio limitado, devido à Covid – e a gente vem e executa o rapel com segurança.”
Domingo, 21, o curso da Máster foi mais na área esportiva, conforme Diogo, “com mais tranquilidade, mas também ministramos cursos na área de segurança de trabalho, trabalho com altura, espaço confinado, brigada de incêndio, e brigada de emergência nessas áreas também”.