Geral
“Estou adorando ler as histórias, achei uma enquete muito legal”, disse Ivanise Dalcumune, 38 anos, fonoaudióloga, sobre uma das enquetes mais participativas do Moda & Sociedade. Ela também considera seu nome pouco comum. Crianças registradas com nomes estranhos já podem trocar ao completar 18 anos, mas não é o caso dos entrevistados desta matéria, já que os nomes são diferentes, mas não abusivos.
“O meu é estranho, era pra ser Pamela e não Pamila, até porque foi um erro de cartório, mas fazer o que, né? Já me acostumei com ele e não pretendo mudar”, comenta Pamila Prigol, contrariando a opinião dos amigos, que consideram o nome lindo e simpático, assim como ela é.
“Eu acho estranho. Meu nome é Lenise Cristina e, na verdade, nunca conheci outra Lenise na vida, embora eu saiba que existem por aí (ao menos, me contaram que existe). De acordo com minha mãe, meu nome, em tese, seria Cristina. Após o parto, ela estava se recuperando no quarto, quando uma de suas irmãs lhe trouxe algumas revistas para se distrair. Ela viu uma matéria e o nome ‘Lenise’ chamou sua atenção. Como achou bonito, mas não queria trair a opção anterior, resolveu juntar os dois, e eis que surge essa que vos fala, ‘Lenise Cristina’. O curioso é que tenho uma irmã, com quem aconteceu exatamente a mesma coisa: um nome pré-definido e, após o parto, a repentina mudança de ideia e a junção dos dois nomes”, conta Lenise Cristina Fernandes.
“Não acho estranho, mas muito raro, pois quando falo, quase ninguém entende de primeira”, afirma Rosalvaro Tesser.
Tisciana Leticia também considera apenas diferente: “Meu pai quem escolheu, é Tisciana Leticia com ‘sc’, para complicar um pouquinho, mas eu gosto muito”. Sâmela Ize adora seu nome: “Primeiramente, obrigada mãe, amo meu nome. Sobre a escolha, um dia a mamis, conversando com uma amiga – também grávida – disse suas duas opções de nome. Caso fosse menino seria Samuel e menina Sâmela, porque naquela época e naquela região, mais de 2.500 km de Beltrão, divisa com Amazonas, não tinha ultrassom, só saberia o sexo no momento do nascimento; aqui estou, mulher com descendência russa e italiana, com nome árabe”.
“O que acham de Marinalda?”, questiona Mari Mass, que prefere usar o nome abreviado. “Diz minha mãe que, em 1983, tinha uma novela que a personagem principal era linda, loira e cabelos cheios de cachos, aí ela teve a brilhante ideia de pôr o meu nome de Marinalda. Tenho uma irmã mais velha que é Marinêz, uma mais nova que é Marciane e a minha mãe Marlene. Conheço mais duas Marinalda, que tem a mesma idade, e também tem esse nome por causa dessa novela da época.”
“Hoje já gosto, mas sofri muito na infância. Segundo meus pais, foram meus irmãos Claércia e Eclérion (nada comum) que fizeram uma junção de dois nomes: Gláucia+Ane = Clauciane”, declara Clauciane Becker.
“Temístocles, Crístocles e Cleómenes está bom pra você? Meus primos têm esses nomes, mas chamamos de Toclinho, Cris e Chico mesmo. No meu caso, até onde eu sei, meu nome veio de um sorteio. Não tenho do que reclamar, só gostaria que meu pai tivesse registrado com o sobrenome da minha mãe junto”, destaca Rosangela Novak Guancino.
Admiração pelos famosos
Há casos em que a admiração pelos famosos é tamanha, que surge a ideia de batizar o filho. Foi o que aconteceu com Carlito Chaves, cujo nome origina da dupla sertaneja Carlito e Baduy. “Minha mãe podia até ser fã, mas precisava homenagear?”, diz Carlito Chaves, bem-humorado.
“Segundo meu pai, Tércio de Lima era um narrador esportivo que ele gostava muito. Naquela época, só se acompanhava os jogos do Timão pelo rádio. Aí, quando nasci, veio a homenagem”, conta Tercio Ricardo, que reside em Laguna (SC).
Mais sobre nomes
Na próxima edição de Moda & Sociedade, dia 26, a pauta é o significado dos nomes.
“Meu nome veio de ‘enxoval’ com meu pai. Minha mãe conta que, quando engravidou do primeiro filho, se fosse menina seria Desirê e se menino, seria Marlon. Diz que todos que a viam grávida desejavam que fosse o Marlon, pois Desirê era muito estranho. Então veio o Marlon, o Andrius, e na terceira gravidez veio a menina, que meu pai tanto queria. Aí todos já estavam familiarizados com o nome. Apesar de ter que soletrar, de muitas vezes ver escrito ou dito de forma errada, acho lindo meu nome”, conta Desirê Elli Scalabrin, 27, professora de dança.

“Segundo minha mãe, veio de uma artista de fotonovela, que na época fazia sucesso. Além de que era a junção do nome do meu pai Ivo e dela Marlise, logo, Ivanise. Era para ser Ivanise Cristina, mas como tem uns pais teimosos que registram as filhas, ficou só Ivanise mesmo. Acho que meu nome com o tempo irá desaparecer, não vi nenhuma Ivanise nascendo nos últimos anos, mas acho também que tem tudo a ver comigo, não me vejo com outro nome, pois ele me traz personalidade e exclusividade”, destaca Ivanise Dalcumune, 38, fonoaudióloga.

“O meu até hoje não entendi o por quê do ‘I’ na frente do Cleia; minha mãe só diz que viu uma japonesa com esse nome e colocou em mim”, declara Icleia Ortega, 35, empresária.

“Meu nome é Dionelli Alégna Mussoi, foi meu pai quem deu. Dionelli é italiano e ele gostou bastante, disse que o significado é ‘Deus com ela’ e Alégna é Angela ao contrário. Acho ele diferente e muito bonito, amo meu nome. Até hoje não encontrei outra pessoa que tenha os meus nomes”, garante Dionelli, 25, fotógrafa.

“Meu nome é Taine. Segundo minha mãe o nome da filha do Fábio Jr. era Tainá; ela achou bonito, mas não queria que fosse igual, aí trocaram o ‘A’ pelo ‘E’ e ficou esse lindo nome. Não é comum, mas já vi alguns nomes iguais ao meu”, diz Taine Cristina de Zorzi, 30, instrutora de Pilates.

“O meu é Edianez, eu não gosto muito, porque várias pessoas não conseguem falar corretamente, então eu acabo tirando o ‘z’. Eu deduzi que meu nome veio atrás do nome da minha mãe Zenaide, que de trás pra frente fica Edianez, mas meus pais falam que meu nome foi escolhido pelo meu tio, que na época namorava uma garota com esse nome”, afirma Edyane Dall’Agnol 28, artesã.

“O meu até nem é tão complicado, porém, pelo fato de ter nascido em terra de gringo, pronto, o MaiQUE ou MyKE ficou MaiCH sem o E, mais o sobrenome. Sempre tive que soletrar nome e sobrenome. A ideia do nome foi de uma entrevista dada a uma TV brasileira e o entrevistado era um dos filhos daquela história famosa ‘assalto ao trem pagador’. A mãe achou o nome “bonito”, comenta Maich Lampugnani, 36, biólogo.
