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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Xisto José dos Santos coleciona memórias

Geral

Xisto coleciona objetos de todos os tipos, tudo em sua casa.

Por July Ioris
Xisto José dos Santos nasceu dia 16 de março de 1939, em Xavantes (SP). Ele é filho de Maurício José e Ana Maria dos Santos, casado com Lídia Pain dos Santos, pai de Cristina Regina e Fábio Júnior e avô de Eduardo Henrique. Xisto foi motorista de caminhão e ônibus e está aposentado há seis anos. Ele sempre gostou de música; é sambista, toca bateria e pandeiro.

Quando criança, trabalhava como engraxate na rodoviária de Xavantes e um senhor que também trabalhava de engraxate costumava tocar cavaquinho. Xisto ficava encantado com o instrumento. O amigo incentivou Xisto a comprar um pandeiro e acompanhá-lo nas músicas. Ele começou a tocar só de ouvido, nunca fez aulas, e aos poucos já tocava bateria. 

No dia 20 de fevereiro de 1967, Xisto se mudou para Francisco Beltrão com um irmão. Ele já era motorista de caminhão, trabalhava em transportadora, depois foi parar numa empresa que prestava serviços para a Copel, lá ficou dez anos e sempre tocava seu pandeiro nos momentos de folga. Em 1989, prestou concurso para motorista da Prefeitura de Beltrão e trabalhou até se aposentar. Nas viagens sempre ouvindo música, nos momentos de folga tocando seu pandeiro. “Eu gostava de me reunir com meus amigos sambistas, especialmente com o companheiro Átila de Freitas, éramos um grupo que amava fazer samba e pagode”, enfatiza Xisto.

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Objetos de todos os tipos
Muito apaixonado por música, Xisto começou a comprar discos de vinil. Quando percebeu, já tinha mais de quatro mil discos. Muitas pessoas sabiam de sua paixão por colecionar objetos, especialmente os antigos, e começaram a fazer doações. Aos poucos, ele encheu a lavanderia de dona Lídia com discos e utensílios antigos; quando não tinha mais espaço lá, começou a ocupar a sala de jantar. “Quando eu percebi, tinha muita coisa e precisamos tirar a sala de jantar para guardar minhas coisas. Só discos tem mais de quatro mil, fitas de vídeo mais de mil, fitas cassete mais de 500, e por aí vai. Tenho rádios, órgão, vitrolas, máquinas de costura, ferros, balanças, enfim, objetos de todos os tipos. Inclusive, uma peteca que às vezes brinco com minha esposa. Pretendo fazer um museu e colocar toda a minha coleção”, projeta Xisto.

Ele relata que começou colecionar em 2002 e queria uma distração para quando parasse de viajar. A coleção foi crescendo rapidamente e hoje Xisto não tem certeza de quantos objetos possui, mas são mais de dez mil. Além de tudo, ele também é inventor. Fez uma réplica da sua caixa de engraxate, vários tamanhos de bodoque, caminhões com objetos recicláveis e até um avião. “A primeira viagem deste avião é para levar nosso querido prefeito Cleber Fontana para Brasília, só estou aguardando a licença da Anac”, brinca seu Xisto.

O sambista cuida de sua coleção com carinho, fica horas limpando, organizando, arrumando cada peça com amor, sempre na companhia da esposa, que ele chama de “minha princesa”, um casamento que já dura 50 anos. E logo depois deste amor vem o amor pela coleção e pela música. “Quando me aposentei fiquei deprimido, mas o meu museu e a música que ajudaram a ficar bem. A música me deixa feliz, me faz sonhar, alegra minha vida.”

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