Entre as comemorações está o dia 15 de abril, em que se completa 165 anos do lançamento de “O Livro dos Espíritos”.
Por Leandra Francischett – O mês de abril guarda importantes datas para o movimento espírita. Frederico Vieira, presidente do Centro Espírita Mensageiros da Paz (Cemp), destaca os dias 15, no qual se comemora os 165 anos do lançamento de “O Livro dos Espíritos”; e o dia 18, quando se completa 158 anos do lançamento de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. “O primeiro foi a pedra fundamental do ensino universal dos espíritos, codificado com muita dedicação e método pelo insigne Alan Kardec. O segundo livro é o roteiro seguro para a prática do amor, justiça e caridade, conforme os ensinamentos de Jesus. Temos neste mês outras datas significativas, como o dia 1º de abril, que foi a data de inauguração da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, no ano de 1858, por Kardec. No dia 2 de abril de 1910, nascia o nosso querido e saudoso médium mineiro Francisco Cândido Xavier.” Para comemorar as datas, há palestras, seminários e webinários sobre a importância destas obras para o estudo espírita. “Além disso, por conta da Páscoa, muitos centros espíritas e estudiosos realizam abordagens sobre a Páscoa sob o entendimento espírita, com destaque para as crianças da evangelização infantil.”

Ajudar sem olhar a quem
Frederico explica que o movimento espírita não realiza celebrações ou comemorações acerca da Páscoa. “Embora tal data importante tenha sido absorvida do judaísmo pelo cristianismo, a Páscoa para o espírita representa importantes reflexões sobre a missão de Jesus na Terra. Ele veio ao mundo para trilhar os passos da sua própria mensagem, exemplificando em suas andanças a trilha para a libertação da matéria e dos apegos, do ajudar sem olhar a quem, viver a essência do amor, por meio do auxílio do nosso próximo.” E acrescenta: “Também nos ensinou ele que a felicidade não é deste mundo, embora a estrada que nos conduza a este pacífico estado de espírito cruze a nossa estadia neste orbe terrestre. Jesus, pois, nos ensinou, sem ter algo para reajustar por meio da sua dolorosa jornada rumo ao calvário, que devemos levar nossas cruzes pelo caminho, às vezes em vias dolorosas, mas com resignação, abnegação e confiança em Deus, que nunca erra na proporção das nossas experiências vividas”.