Os novos contêineres substituirão unidades danificadas no centro e permitirão a expansão da coleta para os bairros Industrial e Presidente Kennedy.
A Prefeitura de Francisco Beltrão está ampliando a estrutura de coleta urbana com a aquisição de 150 novos contêineres. Parte dos equipamentos que já foram entregues à Prefeitura estão temporariamente armazenados no Calçadão por uma questão de logística e devem ser distribuídos a partir dos próximos dias. A previsão inicial era receber os contêineres após o dia 10 de junho, mas, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Antônio Soares, a entrega foi antecipada devido a uma oportunidade de transporte.
“O caminhão da empresa vencedora da licitação, que é do Rio de Janeiro, veio para cá vazio e adiantou a entrega. Por isso os contêineres estão desde segunda-feira na praça. Estamos aguardando a chegada da parte metálica, responsável pelo sistema de pedal, para que possamos fazer a montagem e iniciar a distribuição”, explica o secretário.
Os novos equipamentos contam com sistema de acionamento por pedal, o que evita o contato direto com as tampas e melhora as condições de trabalho dos garis. O custo por unidade, adquirido via processo licitatório, foi de cerca de R$ 1.650 – valor inferior ao praticado no mercado, segundo a secretaria.
Substituição e ampliação do sistema
Com a nova remessa, o município vai substituir contêineres danificados, principalmente no centro, e expandir o sistema para os bairros Industrial e Presidente Kennedy. Segundo Antônio, a substituição vai contemplar equipamentos com tampa quebrada e rodas que foram danificadas por colisões com veículos.
A coleta será feita por caminhões com sistema de elevação mecânica (lifter), que retira os contêineres do chão e despeja os resíduos no compartimento de carga. A tecnologia reduz o esforço físico dos coletores e torna o processo mais eficiente.
Investimento no sistema de gestão de resíduos
Antônio Soares destaca que os novos contêineres fazem parte de um pacote de investimentos em infraestrutura e gestão de resíduos, que inclui cerca de R$ 5 milhões aplicados no aterro sanitário. “São recursos da Itaipu e contrapartida do município. Já temos três caminhões, três barracões com mais de dois mil metros quadrados e novos equipamentos como prensa, balança, cesteira, além de suporte técnico e humano. Estamos estruturando o sistema. Agora precisamos criar uma cultura de descarte adequado”, afirma.
Educação ambiental e uso correto dos equipamentos
O secretário também pede atenção para detalhes que comprometem o uso correto dos contêineres, como o descarte de caixas inteiras, que ocupam espaço e geram acúmulo nas calçadas.
“Coletamos de forma aleatória o conteúdo de um contêiner azul, que deveria conter apenas resíduos orgânicos, e encontramos metade do volume com material seco. Isso mostra que ainda falta conscientização. A população precisa compreender que a coleta seletiva só funciona com a colaboração de todos. Não é só uma questão de coleta. É sobre manter a cidade organizada, limpa e eficiente. O poder público está fazendo a sua parte. Precisamos que a população também faça a dela”, reforça Antônio.
