
JdeB – O advogado Sergio Rodrigo Russo Vieira possui experiência em direito empresarial, causas complexas e de alto valor agregado. Sobre a divisão da herança do dono do SBT, o advogado afirma que “Silvio Santos dividiu herança bilionária antes de falecer”.
Ele relata que “a herança milionária de Silvio Santos começou a ser dividida entre suas filhas ainda em vida. No testamento, Silvio destinou R$ 100 milhões em dinheiro para Patrícia Abravanel, Cíntia Abravanel, Silvia Abravanel, Daniela Beyruti, Rebeca Abravanel e Renata Abravanel. Além desse valor, as filhas também terão direito a imóveis, empresas e investimentos do apresentador”.
“O meu pai já dividiu, sim, uma parte da herança, e eu acho importante. Ele está tendo a oportunidade de ver o que nós estamos realizando com as coisas que ele construiu”, revelou Cíntia Abravanel em entrevista recente ao F5, da Folha de S. Paulo.
Conforme o advogado Sérgio Vieira, em casos como o de Silvio Santos, onde o patrimônio está dividido em imóveis, empresas, em vários países, etc., é importante realizar a divisão com antecedência para evitar problemas.
“Quando o patrimônio inclui imóveis, empresas e se estende por vários países, e, principalmente, em casos com vários herdeiros, a divisão antecipada é fundamental para evitar problemas devido à grande complexidade desse processo”.
“No caso específico das empresas, é essencial definir quem serão os novos sócios e responsáveis pela administração após o falecimento do proprietário com antecedência para que o ônus do processo não prejudique o andamento do negócio. Essa organização ajuda a garantir uma transição mais suave e a continuidade das empresas sem grandes interrupções”, explica Sérgio Vieira.
Brasil se despede do comunicador Silvio Santos
ABr – JdeB – A morte do comunicador, apresentador e empresário Silvio Santos, 93 anos, na madrugada de sábado, 17, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, dominou o noticiário de jornais, sites, rádios e TV e programas de TV no final de semana.
Silvio, dono do SBT e de outras empresas, morreu em decorrência de broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele foi sepultado domingo, 18, no Cemitério Israelita do Butantã em cerimônia restrita.
De acordo com a Congregação Israelita Paulista, cabe ao Chevra Kadisha, grupo formado por homens e mulheres ligados ao cemitério, realizar os preparativos religiosos, civis e legais do sepultamento.
A primeira medida a ser tomada é cobrir o corpo para não ser deixado à vista. Pela tradição, deixar o falecido à mostra demonstra falta de respeito à imagem da pessoa em vida.
O mesmo motivo é levado em conta para não abrir o caixão durante o velório, que não é público e se restringe a familiares e amigos.
Os olhos devem ser fechados. Para os judeus, o falecido se encontra com Deus ao morrer. Dessa forma, o ato simboliza deixar de observar as coisas mundanas e passar a enxergar a paz do mundo espiritual.
O sepultamento deve ocorrer no mesmo dia da morte. Se o falecimento ocorrer no sábado, dia de descanso para os judeus e no qual os enterros são proibidos, deverá ser no dia seguinte, como ocorreu com Silvio Santos.
A cerimônia de sepultamento é feita sem ornamentação de flores no local e no caixão porque todos devem ser tratados de forma igual durante a morte. Além disso, os judeus entendem que a ostentação serve para cultuar os mortos.
Durante o enterro, são cantados hinos de louvor a Deus e de pedidos de paz no mundo. Os parentes mais próximos jogam punhados de terra no caixão antes do término da cerimônia. Ao deixar o cemitério, os familiares devem lavar as mãos para simbolizar que a vida é mais forte do que a morte.