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Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

GRIPE AVIÁRIA

Comissão de Avicultura da Faep discute gripe aviária no Sul

Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

As expectativas da avicultura comercial paranaense frente à emergência sanitária causada pela confirmação da gripe aviária no Rio Grande do Sul deram a tônica da reunião da Comissão Técnica (CT) de Avicultura do Sistema Faep, realizada nesta quinta-feira, 29 de maio. O caso registrado no município de Montenegro (RS) impactou as exportações de aves de todo país, com a suspensão das exportações para importantes blocos comerciais como a China e a União Europeia.


Em resposta à situação, no dia 16 de maio, o Sistema Faep enviou um ofício ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) e à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) solicitando medidas para a reabertura imediata do mercado internacional ao frango paranaense.


“O Sistema Faep está fazendo seu papel, buscando interlocução com os órgãos competentes, difundindo informações técnicas e boas práticas para os nossos avicultores para mitigar esse problema”, pontua o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

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A granja onde foi constatado o foco da Influenza Aviária passou pelo processo de desinfecção no dia 22 de maio. Na sequência, teve início um vazo sanitário de 28 dias. “Ao final deste período, se não forem confirmados novos focos, o Brasil pode se declarar livre da doença”, completa Mezzadri.

Segundo o presidente da CT de Avicultura do Sistema Faep, Diener Gonçalves de Santana, algumas integradoras estão promovendo mudanças na rotina para reforçar a segurança dos aviários. “Uma das orientações das integradoras é sobre a limpeza das granjas. Até normalizar o status sanitário, a recomendação é não usar a palha de arroz proveniente da região Sul. O ideal é usar maravalha no lugar da palha de arroz. É um manejo que muda de empresa para empresa”, alerta.

Repercussão na região

João Weissmer, presidente da Associação Avicultores Verê, diz que há apreensão no setor “sobre as medidas que serão adotadas para retaliar os efeitos desta crise, bem como, com qual celeridade conseguiremos superar esse problema. Entretanto, por conta de termos um diálogo bem próximo com as integradoras, estamos com a certeza de que farão o possível para que os impactos deste eventos sejam os menores possíveis”.


O presidente falou, ainda, que os avicultores estão reforçando as ações de biossegurança “no intuito de prevenir eventuais sinistros. Contudo, pelo caráter produtivo do nosso Estado e a força da agricultura paranaense, entende-se que esse será só mais um evento que mostrará a resiliência da cadeia produtora”.


Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador deste tipo de carne do Brasil. O setor representa 31,6% do Valor Bruto de Produção (VBP) Agropecuária do Estado, sendo o maior produtor nacional (35%). A atividade movimenta mais de R$ 40 bilhões por ano.

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