Pela previsão do presidente APS, outras cooperativas devem se estabelecer na região com entrepostos e granjas integradas.
O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva, de Itapejara D’Oeste, prevê que a atividade voltará a se expandir na região Sudoeste. Há alguns fatores que explicam essa perspectiva positiva. Nos 20 anos, a produção de suínos no Sudoeste e Oeste do Paraná passou a se concentrar em poucas propriedades rurais. Porém, o número de animais e matrizes aumentou consideravelmente.
O consumo de carne suína ainda é pequeno no Brasil se comparado aos países da União Europeia e da Ásia. Apesar disso, há muitos mercados no exterior que podem ser abertos para exportação de carne suína brasileira. Com a conquista da certificação de Estado livre da febre aftosa sem vacinação dos rebanhos bovinos, em 2021, e da peste suína (há mais tempo), o Paraná vem se credenciando para atender outros mercados.
Outro fator é que a Central de Cooperativas Aurora, com sede em Chapecó (SC), comprou um frigorífico de suínos na região dos Campos Gerais, Paraná, e deve ampliar os abates. Há cerca de cinco anos a Copérdia, de Concórdia (SC), abriu um entreposto em Enéas Marques e passou a atender cooperados da região que possuem granjas de suínos para fornecer a produção à Aurora.
“A Copérdia, agora, começou a se expandir por uma simples razão: a Aurora veio pro Paraná, comprou um frigorífico, então a Copérdia é afiliada da Aurora, tem onde destinar a produção dos cooperados. Isso facilitou bastante. Nós temos agora com o aumento do frigorífico da Frimesa [em Assis Chateaubriand], que vai demandar mais animais, principalmente de leitões. Então, nós temos já assim, não se sabe bem qual das cooperativas afiliadas da Frimesa, que vai vir pro Sudoeste. Então, temos a Aurora aqui, com a Copérdia, que é afiliada da Aurora, e vamos ter uma outra cooperativa do Oeste do Paraná, que vai vir aqui para o Sudoeste com granjas de suínos, pra abastecer a engorda lá perto do frigorífico.”
Produção mundial
Jacir informa que o Brasil deve atingir, neste ano, a produção de cinco milhões de toneladas de carne suína; os países da União Europeia, 22 milhões de toneladas; e a China, 52 milhões de toneladas.
Expansão da Frimesa
O presidente da APS relata que “na primeira fase do aumento do frigorífico de abates do frigorífico da Frimesa vão ser necessários 50 mil fêmeas no campo [nas granjas]. Existe o estudo de ajustar uma parte dessas fêmeas no Sudoeste. A cooperativa que vai assumir isso ainda não está certa.”
