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Francisco Beltrão
sexta-feira, 20 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

CUIDADOS ESSENCIAIS

Veterinário orienta sobre cuidados ao escolher um cão de guarda

O médico veterinário Roni Gobbi com um cachorro de grande porte da raça Dog Alemão. A raça pode chegar a medir 86 centímetros e pesar mais de 70 quilos. Foto: Arquivo pessoal

JdeB – A escolha de um cão de guarda vai além da aparência ou do instinto protetor. De acordo com o médico veterinário dr. Roni Gobbi, é fundamental levar em conta o ambiente em que o animal viverá, as características da família e, principalmente, a interação e socialização do animal com os tutores.

“Tudo depende de qual a função que o cão de guarda irá desempenhar. Uma das coisas que deve ser levada em consideração é o ambiente em que esse animal vai ficar”, afirma dr. Roni. Ele destaca que cães como o Doberman, por exemplo, são altamente indicados para locais amplos. “Porque o Doberman é um cachorro muito ágil, muito rápido e ele fica atento para qualquer barulho.”

Já para espaços menores, outras raças ganham destaque. “Poderia indicar o pastor alemão, o Rottweiler, o Boxer, o Fila; são todas raças boas para a guarda.” Segundo o veterinário, cada uma dessas raças apresenta comportamentos diferentes, o que pode influenciar na adaptação ao ambiente familiar.

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Outro ponto levantado pelo veterinário é o perfil da família. “Tem que ser pessoas que tenham uma afeição para os animais, que gostem e que interajam com esse animal, e esse próprio animal reconhecer que esses donos são os tutores deles, criando uma relação de confiança.”

A presença de crianças também deve ser avaliada com cuidado. “O Boxer, o pastor alemão são raças que interagem bastante com crianças. Já raças como o Fila, é um pouco mais difícil de convívio com as pessoas, um pouquinho mais agressivo.”

Especificamente sobre o processo de adoção para cães de guarda, dr. Roni reforça a importância de a família adotar ainda enquanto filhote, para ajudar na socialização desde cedo. “Adotar um cão de filhote ajuda esse animalzinho a se adaptar no ambiente com essas pessoas. Daria para adotar um cão adulto? Dá, sim. Mas tem um risco maior, porque esse cão adulto, às vezes, não vai se adaptar nesse novo ambiente.”

Além das raças mais conhecidas, cães sem raça definida também podem ser excelentes protetores. “Misturas de raças também são ótimos cães para guarda. Às vezes não há necessidade de um cão grande, simplesmente um cão que seja ativo, que esteja sempre alerta para fazer barulho.”

Quanto à segurança, tanto para o animal quanto para terceiros, dr. Roni recomenda sempre manter esses animais no ambiente próprio, com cercas resistentes e uma altura compatível com a raça do animal, para que ele não fuja.

Algumas cidades brasileiras já possuem legislações que exigem o uso de focinheiras durante passeios com determinadas raças. A prevenção, porém, começa em casa, com orientação e treinamento adequado. “É importante que esses animais passem por um ensinamento, por um adestrador, pessoa competente para isso. E que esse animal também tenha um ambiente seguro.”

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