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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

GENTE DO SUL

Um trabalho voluntário que dá autoestima para as mulheres

Parte das integrantes do Clube de Mães do Bairro Alvorada, em Francisco Beltrão. Foto: Foto: Flávio Pedron/JdeB.

Por Flávio Pedron  – Locais de encontros, reuniões, confraternizações, palestras sobre saúde e autoestima e cursos diversos, os clubes de mães proporcionam momentos agradáveis, de interação e cidadania para mulheres de várias idades. Em Francisco Beltrão funcionam 85 clubes de mães na cidade e interior, coordenados pelo Departamento de Cultura.

Mais que reunir mulheres para encontros, eles têm proporcionado, por meio da interação entre as participantes, a superação de um problema sério no mundo atual: a depressão e a tristeza. Há vários casos de pessoas que, ao participar dos clubes, passaram a melhorar a qualidade de vida, pelos contatos e atividades.

O Clube de Mães do Bairro Alvorada tem 60 integrantes e se reúne todas as terças-feiras à tarde na sede diocesana da Pastoral da Criança. A reunião começa sempre com oração, com pedido de bênçãos sobre alguém doente da comunidade, de participante ou de um membro da família e depois tem canto e a reunião segue com animação.

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A professora aposentada Salete Baggio, 70, assumiu a entidade há quatro anos. Com o “boca a boca” e o trabalho de atração de mais mulheres, a quantidade de participantes foi crescendo. “Foi graças ao trabalho que a gente sempre fez com muito carinho, com muita dedicação, que gente encontra pessoas com bastante dificuldade e busca sempre dar apoio e ver cada uma com seu problema”, diz dona Salete, que também é coordenadora do grupo Sagrado Coração de Jesus no Alvorada.

Ao longo destes anos à frente do clube, ela conta que encontrou “várias pessoas bem deprimidas, com problemas, dificuldade familiar e a gente tenta sempre conciliar, por exemplo, se alguém precisa de algo, o Clube de Mães primeiro tem que ir ver e a situação da família. Pessoas que estavam com depressão profunda, tentamos sempre fazer com que elas entendam o
que é o clube de mães”.

Às vezes há resistências, mas na base da conversa e de visitas as mulheres acabam convencidas a participar das atividades. Eventualmente, há mulheres que precisam da ajuda financeira e o clube promove “vaquinhas” ou “bingos” para auxílios como alimentação, compra de fraldas, medicamentos, exames e até ajuda para consulta médica na Unidade de Saúde do Alvorada.

Dona Salete se emociona ao falar dos resultados que tem visto com pessoas que estavam em casa, sem contato com pessoas ou com familiares e agora participam do clube. “Eu acho, assim, que a gente vê brilho no olho, vê aquele olhar mais sereno, mais tranquilo. Elas falam que é muito bom vir aqui, encontrar as amigas também, e é um lugar de harmonia e paz.”

A presidente agradece o apoio do prefeito Cleber Fontana, da primeira-dama Joice Fontana, de Rose Pedron e de Fátima Cadore, coordenadora dos clubes de mães.

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