Participantes elegeram prioridades nos diagnósticos feitos nos territórios, no campo social, econômico e ambiental.
A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec concluíram recentemente as devolutivas dos 20 Núcleos de Cooperação Socioambiental. A ação, que busca promover diálogo e colaboração para enfrentar desafios sociais, econômicos e ambientais, apresentou diagnósticos coletados durante encontros realizados entre setembro e novembro. Além disso, priorizou demandas específicas de cada território.

Ampla mobilização e impacto regional
As devolutivas ocorreram em diversas cidades, como Apucarana, Campo Mourão, Umuarama, Londrina, Cianorte, Toledo, Bandeirantes, Maringá, Francisco Beltrão, Naviraí (MS), Paraíso do Norte e Jacarezinho, além das regiões de União da Vitória e Curitiba. Ao todo, participaram 775 pessoas, representando 537 instituições. Desde a criação dos núcleos, 2.055 pessoas e 1.160 instituições públicas e da sociedade civil organizada já foram mobilizadas.
Os encontros seguem uma metodologia estruturada em cinco etapas: revisão de diagramas de causa e efeito, análise de causas, classificação por governabilidade e impacto, elaboração de matriz de governabilidade e impacto, e identificação de ações prioritárias.
Consolidando o cooperativismo socioambiental
Para o diretor de Coordenação de Itaipu, Carlos Carboni, as devolutivas são cruciais para a governança participativa. “Esse trabalho coletivo já consolida nossa atuação no território, sendo um dos resultados do Programa Itaipu Mais que Energia”, afirmou. O diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo, destacou que 2025 será marcado por uma jornada de troca de experiências e fortalecimento dos núcleos, incluindo análise de investimentos pela Itaipu.

Próximos passos e destaque para iniciativas
Um webinar sobre impacto coletivo, com Andreas Ufer, sócio-fundador da Sense Lab, está programado para sexta-feira (20). Além disso, em novembro, participantes se reuniram em Foz do Iguaçu para palestras e o lançamento do Edital 01/2024 do Programa Itaipu Mais que Energia, voltado a organizações sociais. As atividades dos núcleos se tornarão permanentes em 2025, com encontros regionais, formações, campanhas educativas e seminários. A iniciativa deve ser apresentada na COP30, em novembro, em Belém (PA).
Depoimentos reforçam a relevância dos núcleos
Participantes expressaram a importância da iniciativa. Izaque De Souza de Jesus, da Central Única da Favela (Cufa) Paraná, destacou a conexão entre instituições e a busca por soluções para problemas complexos. Guilherme Fernandes dos Reis, da Cooperativa de Catadores Recicla, reforçou a importância do cooperativismo na coleta seletiva e no meio ambiente. Já Elaine Marchioro, do Instituto de Capacitação em Educação e Apoio à Saúde, ressaltou a troca de experiências e o fortalecimento de parcerias.
Sobre os Núcleos de Cooperação Socioambiental
Os núcleos fazem parte da estratégia de Governança Participativa para a Sustentabilidade, do Programa Itaipu Mais que Energia. Eles abrangem 434 municípios na área prioritária de atuação da Itaipu Binacional, incluindo 399 no Paraná e 35 no Sul do Mato Grosso do Sul. A iniciativa busca fomentar soluções conjuntas para os desafios locais, alinhando sociedade civil, instituições públicas e privadas em prol do desenvolvimento sustentável.