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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Luto: O que significa e como lidar com a perda

Apoio emocional e profissional são necessidades do luto. Foto: freepik.

Passar pelo processo de luto é uma experiência emocionalmente desafiadora que envolve uma série de sentimentos, incluindo negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Embora seja uma experiência única e pessoal, o impacto do luto pode ser significativo na vida das pessoas e em suas dinâmicas familiares e sociais.

Neste artigo, você encontrará respostas para essas perguntas e entenderá melhor essa experiência emocionalmente desafiadora.

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É uma resposta emocional natural e inevitável diante da perda de algo que pode ir além de pessoas, como o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, mudanças na saúde física ou mental e outras transições importantes na vida.

Luto não se limita à tristeza, pois abrange uma ampla gama de emoções e reações, como raiva, negação e aceitação, que podem variar em intensidade e duração.

A dor do luto varia de pessoa para pessoa e pode ser influenciada por fatores como cultura, crenças religiosas, histórico familiar e personalidade.

É uma jornada única, que cada indivíduo enfrenta de maneira diferente, mas é essencial para o processo de cura e readaptação à nova realidade após a perda.

Embora as fases do luto não sejam lineares e possam ocorrer em diferentes momentos e ordens, em geral, elas incluem negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Raiva é uma emoção que pode surgir quando você começa a aceitar a realidade da perda e se sente injustiçado ou traído.

Nessa fase, é comum sentir raiva direcionada a outras pessoas, como amigos, familiares ou até mesmo a pessoa que faleceu.

É importante permitir-se sentir raiva e expressá-la de maneira saudável, como por meio de conversas ou atividades físicas.

No entanto, é fundamental evitar que a raiva se transforme em ressentimento, pois isso pode prejudicar o processo de cura emocional.

Por exemplo, você pode pensar: “Se eu for uma pessoa melhor, talvez isso não tenha acontecido” ou “Se eu mudar meu comportamento, posso evitar que outras perdas ocorram”.

No entanto, é importante reconhecer que nem todas as circunstâncias estão sob nosso controle e que a necessidade de barganhar tende a diminuir à medida que você avança no processo de luto.

Nessa fase, a realidade da perda é plenamente sentida, e você pode experimentar profunda tristeza, desânimo e desinteresse pelas atividades diárias.

É essencial buscar apoio emocional e, se necessário, acompanhamento profissional para enfrentar a dor e evitar o agravamento dos sintomas.

Independentemente da ordem anterior, a aceitação é o estágio final do luto, no qual você começa a se adaptar à nova realidade sem a presença do ente querido.

A aceitação é um processo contínuo, e você pode oscilar entre os estágios antes de finalmente encontrar a paz e a resiliência para seguir em frente.

A duração do luto varia de pessoa para pessoa e depende de fatores como a relação com o ente querido, a natureza da perda e o apoio emocional disponível.

Algumas pessoas podem começar a se sentir melhor em semanas ou meses, enquanto outras podem levar anos para encontrar a aceitação e a paz necessárias para seguir em frente.

É normal que a pessoa oscile entre diferentes emoções e fases ao longo do tempo, e é essencial respeitar o tempo que cada um leva para processar e lidar com a perda.

É importante lembrar que o processo de luto não é linear, e pode haver momentos de tristeza e saudade mesmo após anos da perda.

Lidar com o luto pode ser uma tarefa difícil e dolorosa, mas existem algumas abordagens que podem auxiliar na superação dessa fase.

Busque apoio: Compartilhar suas experiências e emoções com amigos, familiares ou grupos de apoio pode ajudar a aliviar a carga emocional.

Cuide de si: Manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e sono adequado, é fundamental para enfrentar o luto.

Honre a memória do ente: Encontre formas significativas de manter a memória do ente querido viva, como criar um memorial, participar de atividades que a pessoa apreciava ou até mesmo homenagear no Dia dos Finados.

Lidar com o luto pode ser um processo difícil e doloroso, mas com essas sugestões, você pode enfrentar essa fase de maneira saudável e respeitosa.

Permita-se sentir e buscar apoio, cuide de si mesmo, estabeleça uma rotina, honre a memória do ente querido e seja paciente consigo mesmo.

Aqui estão alguns sinais de luto que podem ajudar a identificar se você ou alguém que você conhece está passando por essa experiência:

Tristeza e choro: A tristeza é um dos sintomas mais comuns. É normal sentir-se triste e chorar em momentos de perda.

Raiva: Ela pode se manifestar como frustração, irritação ou mesmo hostilidade, direcionada a si mesmo, a outros ou até mesmo à pessoa que faleceu.

Culpa: É comum sentir culpa por acreditar que não fez algo diferente, por não ter passado mais tempo com a pessoa ou por sentimentos não expressados.

Ansiedade: Essa dor pode causar ansiedade, preocupação e até mesmo ataques de pânico em alguns casos.

Problemas de sono: Distúrbios como insônia, sono agitado ou pesadelos, são sinais de luto comuns.

Mudanças no apetite: A perda do apetite ou comer em excesso pode ser um sintoma.

Dificuldade de concentração:Você pode ter problemas para se concentrar, tomar decisões ou lembrar de coisas, pois só pensa na perda.

Sintomas físicos: Dor de cabeça, fadiga, dores musculares e problemas estomacais podem ser sinais.

Se os sintomas se tornam insuportáveis, interferindo na capacidade de realizar atividades diárias e afetando significativamente a qualidade de vida, pode ser necessário buscar ajuda.

Além disso, se a dor se prolonga por meses ou anos sem mostrar sinais de melhora, é importante considerar a possibilidade de procurar um profissional.

Outro fator a ser considerado é se o luto está afetando a saúde física e mental, causando sintomas como insônia, perda ou ganho de peso significativo e problemas de concentração.

Além disso, se o luto está afetando o desempenho no trabalho e comprometendo o desenvolvimento pessoal e profissional, buscar apoio pode ser necessário.

*Tiago Giacomelli Zanon

Psicólogo em Beltrão

CRP 08/37956

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