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Francisco Beltrão
segunda-feira, 23 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

Mauro Zanatta, um jornalista beltronense em Brasília

Mauro Zanatta: “Há uma distância razoável entre o que interessa, de fato, às pessoas comuns, como você e eu, e o que é apenas o jogo bruto de poder na capital”. Foto: Arquivo pessoal.

Há 32 anos em atividade como jornalista profissional na capital federal, Mauro Zanatta é formado pela Universidade de Brasília (UnB) e tem especialização em jornalismo pelo Programa Balboa, na Espanha. Foi chefe de redação no Estadão, no auge do processo de impeachment de 2016, quando dirigiu uma equipe de 40 jornalistas na cobertura de política e economia em Brasília. Também atuou como editor e coordenador digital no Valor Econômico, onde esteve desde a fundação do jornal. Foi comentarista político no Canal Rural e repórter de agronegócio, política e economia no Valor, Gazeta Mercantil e Correio Braziliense, além de correspondente no Brasil das publicações espanholas Expansión e EuropaPress.

No setor público, comandou por cinco anos a comunicação do Banco Central, na gestão Roberto Campos Neto, e do Ministério da Fazenda, com Henrique Meirelles. Atuou como superintendente de Jornalismo na CNI e coordenador de imprensa no Ministério da Agricultura, na gestão Roberto Rodrigues. Casado com Denise Lacerda, tem três filhos – João Pedro, Davi e Isabela – e o cachorro Bob.

Bem público x interesse individual

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zanatta.mauro@gmail.com

Nas confusões do mundo político em Brasília, tudo parece urgente e para ontem. Mas não é bem assim. Há uma distância razoável entre o que interessa, de fato, às pessoas comuns, como você e eu, e o que é apenas o jogo bruto de poder na capital.

Embaralhado assim, é tarefa difícil separar decisões, projetos e programas que podem melhorar nosso dia a dia daquilo que só atende a influências mal disfarçadas. Para complicar, uma turma bem paga e dedicada a confundir e misturar as bolas nas discussões quase sempre vence essa parada. Fazem crer nos grandes propósitos e objetivos da República, quando trabalham apenas para uma minoria pendurada no chamado dinheiro público, produto do imposto que todos nós pagamos, sem opção.

Jogar luz nessas diferenças, apontar os caminhos cheios de curvas e oferecer opinião com conhecimento e distanciamento partidário parece ser uma forma prática de contribuir para separar o que é bem público do que é só interesse individual. Acredito ser uma fórmula honesta para cultivar opinião pública bem-informada e de boa-fé.

Nessa linha, e a convite de Ivo Pegoraro, passo a colaborar com o Jornal de Beltrão em sua missão de oferecer informação de qualidade para explicar as disputas e os vários lados em jogo, o contexto e os motivos dos debates e uma opinião firme sobre temas de real interesse da comunidade, da cidade onde nasci há 53 anos e, particularmente, a quem busca entender o processo político e as decisões econômicas tomadas em Brasília.

Vivo, como jornalista profissional, as turbulências e calmarias desses temas na capital há mais de 30 anos. Trabalhei em diários nacionais, como Estadão, Valor Econômico, Gazeta Mercantil e Correio Braziliense. Acompanhei bem de perto, em posições na área econômica de quatro governos e no setor privado, a história recente do país.

Beltrão mudou muito em três décadas. Da chegada da Unioeste até o Hospital Regional, do crescimento acelerado da agropecuária à industrialização e o cooperativismo. Da ebulição da construção civil ao florescimento do polo de educação e saúde, referência no Paraná.

A cidade de 72 anos ficou mais jovem, mais dinâmica e mais próspera. Da Marrecas do meu nono, seguem bem vivas as histórias pessoais e familiares de trabalho duro e de sucesso, que transformaram pinheirais nativos em riqueza para muitas gerações. Assim também ocorreu com as maiores cidades da região, como Pato Branco, Dois Vizinhos, Santo Antônio, Coronel Vivida, Realeza, entre tantas outras. 

Com muita alegria e profissionalismo, espero voltar a Beltrão e região toda semana, e não apenas duas ou três vezes por ano. Para visitar, além dos familiares e amigos, muitos dos quase 700 mil habitantes do Sudoeste, reunidos diariamente nas páginas do nosso principal jornal regional, uma das publicações mais influentes do Paraná e do interior do Brasil. Até a próxima sexta-feira!

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