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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Pela primeira vez, todos os cargos de direção do Hospital Regional são ocupados por mulheres

Do total de trabalhadores da unidade, presença feminina chega a 80%.

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Doutora Carla Patrícia Alves de Souza (diretora técnica), Cleodete Zanandrea (diretora de enfermagem), Cintia Jaqueline Ramos (diretora geral), Ana Paula Battisti (diretora administrativa) e Luciana Pinheiro (diretora acadêmica). Foto: Leandro Czerniaski/JdeB.

Por Leandro Czerniaski

Na área da saúde, a presença feminina sempre foi majoritária em diversas funções, mas no Hospital Regional Walter Pécoits, em Francisco Beltrão, elas também estão cada vez mais presentes em cargos de gestão. Desde 2019, as cinco funções de primeiro escalão são ocupadas por mulheres: Cintia Ramos (diretora geral), Cleodete Zanandrea (diretora de enfermagem), dra. Carla Patrícia Alves de Souza (diretora técnica), Ana Paula Battisti (diretora administrativa) e Luciana Pinheiro (diretora acadêmica). É a primeira vez, desde sua fundação há 12 anos, que o hospital é dirigido somente por mulheres.

“A presença feminina à frente da instituição é muito significativa, pois estamos falando de um hospital que tem um orçamento e pessoal maior que de muitas prefeituras da região e que presta um relevante serviço à saúde pública. Nas últimas semanas, por exemplo, o HRS passou a operar com sua capacidade total, com 160 leitos, e 26 espcialidades”, cita a diretora geral, Cintia Ramos. O orçamento anual do Hospital Regional chega a R$ 80 milhões, sem contar o pagamento de salários dos servidores, que passa direto pela Sesa. São cerca de 800 profissionais, diretos e terceirizados, atuando na unidade.

Além do primeiro escalão, as mulheres também são maioria em diferentes funções do hospital. Ana Paula Batisti estima que quase 80% dos trabalhadores são mulheres e, dos 20 cargos de chefia, 16 são preenchidos por elas. Essa presença feminina é positiva para a gestão e o atendimento do HRS. “Acredito que, via de regra, as mulheres têm uma visão mais ampla, polivalente, e que conseguem prever mais as coisas em diversas situações e isso contribui muito para a prestação de serviços do hospital, seja conversando com familiares e pacientes, organziando procedimentos e protocolos, ou na relação com os colegas”, comenta a diretora de enfermagem, Cleodete Zanandrea. As responsáveis técnicas das UTI Neonatal e Adulto também são mulheres.

Gestão complexa

Um dos setores mais complexos é o Administrativo, que atua em dois pontos cruciais para o funcionamento da unidade: os recursos humanos e a compra de medicamentos e insumos. À direção técnica incumbe a elaboração de escalas, a representação institucional do HRS, a atuação de médicos e do núcleo de regulação interna. O pessoal de enfermagem também tem uma diretoria, assim como o setor acadêmico, responsável pelos estágios, viabilização de pesquisas e formação profissionaal (foram mais de 1.200 pessoas capacitadas em 2021 e 100 acadêmicos de Saúde estagiando dentro do HRS).

“Muita gente não faz nem ideia do patrimônio que o hospital tem, seja em tecnologia de aparelhos, estoque de medicamentos ou na expertise profissional, e da complexidade administrativa que é a sua gestão”, cita diretora Cintia. “Tudo isso preciso funcionar para dar celeridade aos atendimentos, como internamentos, cirurgias, consultas e plantões.

Período conturbado, mas com novos projetos

À frente do HRS desde 2019, Cintia Ramos, se orgulha do desempenho do Hospital Regional nos últimos anos e credita o resultado ao trabalho em equipe. A pandemia trouxe tempos difíceis à unidade, mas novos projetos dão ânimo para continuar a história do principal hospital público da região. “Temos desafios constantes, assim como foram estes dois últimos anos de pandemia, em que o Regional se tornou o hospital de referência e passou por momentos críticos no atendimento, mas enfrentamos tudo isso sem deixar a população desassistida e sem qualquer situação que comprometesse a evolução dos pacientes. Agora, projetamos a consolidação do hospital e implantação de novos projetos”, diz ela, se referindo ao banco de leite humano, que tem a estrutura usada pela ala covid, e ao centro de hemodinâmica, que já tem recursos garantidos pelo Estado.

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