
JdeB – Quando visitavam o Jornal de Beltrão, dia 4 deste mês, alunos do Colégio Leo Flach gostaram de fazer aquela brincadeira de ver o que dizia o jornal no dia que nasceram. A Liliane Pires, dia 27 de outubro de 2006 (“Hoje é o último debate entre Lula e Alkimin), Dalvan Martini dia 10 de janeiro de 2007 (“Empréstimos consignados chegam a R$ 20 bilhões”), Gabrielly Valentin dia 11 de agosto de 2007 (“Beltrão escolhe hoje sua miss” – entre 11 candidatas, a eleita foi Lauana Záttera), Amyly Selene da Silva Morais dia 23 de agosto de 2007 (“Alceni renuncia e Sudoeste perde um deputado”).
Quando chegou a vez da Khauany Jorge, do dia 21 de agosto de 2007, ela leu duas manchetes (“Avião explode na China, mas não faz nenhuma vítima” e “Chevette pilotado por um adolescente… acabou capotando”).
Khauany exclamou: “Só tem desgraça no dia que eu nasci”. Os alunos continuaram pesquisando sobre o que aconteceu no dia que nasceram. A professora Rosiléia de Oliveira, que coordenava a excursão, pegou o jornal e começou a ler. De lá um pouco, ela chamou a atenção da turma e contou a história daquele acidente ocorrido em Francisco Beltrão e que está ilustrado com uma foto do Flávio Pedron mostrando o Chevette capotado no pátio de uma residência no Bairro Guanabara.
Na página 5, o título informava: “Menor foge da PM e capota Chevette”. A professora Rosileia disse que a informação dada pelo jornal estava correta e a maneira de apresentá-la também: relatou o fato sem expor o nome das pessoas envolvidas. A professora contou, então, que o adolescente já trabalhava, numa mecânica, economizou dinheiro para comprar o carro que ele mesmo reformou.
Quando aconteceu o acidente, faltavam seis dias para ele completar 18 anos. Ao sair dirigindo na rua, deu carona para quatro colegas, adolescentes também. Mas ele se assustou quando viu um carro da polícia, porque estava sem habilitação. Tentou fugir e acabou batendo o carro. Um dos adolescentes se feriu, teve que ser hospitalizado e passou por cirurgia. As famílias se ajudaram para pagar as despesas do hospital. “Hoje, aquele adolescente é o melhor mecânico de Gramado, no Rio Grande do Sul. Ele está com 33 casado, tem duas filhas…” O interesse dos alunos pela história aumentou. Pelo jeito, ela conheceu o rapaz. A professora Rosiléia arrematou: “O nome dele é Rafael Berticelli, ele é meu filho”.