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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Queijo colonial do Sudoeste conquista Indicação Geográfica no INPI

Alguns tipos de queijos colonais fabricados na região. Foto: Carina Pelegrini
Alguns tipos de queijos colonais fabricados na região. Foto: Carina Pelegrini

O queijo colonial do Sudoeste é agora o 19º produto paranaense com Indicação Geográfica (IG). O reconhecimento foi concedido no dia 17 de junho pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e contempla a produção em 42 municípios da região. Com a certificação, os produtores locais esperam ampliar mercados, agregar valor ao produto e aumentar o faturamento.

A conquista da IG é resultado de um trabalho conjunto envolvendo o Governo do Paraná, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), além do Sebrae/PR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Cresol, Amsop, prefeituras e a Associação de Produtores de Queijos Coloniais do Sudoeste (Aprosud).

Claudemir Roos, presidente da Aprosud, que representa 18 produtores de 11 municípios responsáveis por 17 toneladas mensais, destaca que a certificação é um reconhecimento à dedicação do campo: “A Indicação Geográfica atrai novos compradores, agrega valor aos nossos produtos e aumenta a renda das famílias. Também incentiva novos produtores. Quem ganha é a região”.

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Alyne Chicocki, consultora do Sebrae/PR, afirma que a certificação vai além do produto. “A IG é mais do que um selo. É o reconhecimento de uma história moldada por famílias que vivem o queijo colonial todos os dias. O Sudoeste tem uma identidade produtiva forte, marcada pelo saber-fazer artesanal e união dos produtores”, afirma.

Qualidade e tradição

Cristina Bombonato, produtora de Pinhal de São Bento, ressalta que a IG reforça a cultura e também eleva a responsabilidade: “Precisamos seguir processos rigorosos e seguros, o que gera mais confiança no consumidor. A IG também valoriza a tradição trazida pela colonização italiana, que introduziu a produção de leite e queijo na região”.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), o Sudoeste paranaense conta com cerca de 20 mil produtores de leite, com uma produção estimada em 1 bilhão de litros por ano — o que consolida a região como a principal bacia leiteira do estado.

Municípios abrangidos pelo selo IG

A área geográfica delimitada da IG do queijo do Sudoeste abrange os municípios de Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu, Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Honório Serpa, Itapejara D’ Oeste, Manfrinópolis, Mangueirinha, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, Palmas, Pato Branco, Pérola d’ Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita, Realeza, Renascença, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São Joao, São Jorge d’ Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê, Vitorino.


Reichembach destaca conquista na Assembleia Legislativa

Wilmar Reichembach: parabéns à Aprosud. Foto: Arquivo
Wilmar Reichembach: parabéns à Aprosud. Foto: Arquivo

O deputado estadual Wilmar Reichembach (PSD), usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, para anunciar a conquista da certificação do INPI para o queijo colonial fabricado na região Sudoeste. “Saiu hoje pelo INPI, a indicação geográfica do queijo colonial do Sudoeste Paraná. O que isso significa? Cada vez mais no mundo a Indicação Geográfica cria referência à qualidade, a destaque, a um produto único, que só acontece naquela região. Isso é muito forte na Itália, na França e em vários países da Europa. E aqui no Brasil, isso cada vez mais se torna representativo porque identifica os produtos que ganham destaque em qualidade. E o queijo colonial do Sudoeste do Paraná hoje se compara aos queijos famosos de Minas gerais. E quero registrar aqui, deputado Hussein Bakri [líder do governo na Alep], o papel do governo nesta caminhada, quando criou o Susaf [certificado de sanidade para pequenas agroindústrias familiares]. Isso ampliou fronteiras, abriu para todo o Paraná a possibilidade de venda destes produtos. Oficializou a comercialização para todo o Paraná e, sem dúvida, isso deu força financeira aos produtores, levou mais recursos às propriedades que estão trabalhando com mais dedicação ainda, mais entusiasmo e motivação e buscando cada vez mais a qualidade. E eu digo isso no âmbito familiar, de quem produz queijo familiar, porque assim nós mantemos essa produção que exige cada vez mais escala, também garantindo a sobrevivência dos pequenos produtores. Parabéns a Aprosud e a todos os produtores por essa importante conquista.”

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