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Francisco Beltrão
sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.225

13/06/2025

Servidores do INSS estão em greve em 17 estados

Com exceção dos médicos peritos, que são de carreira própria, as demais carreiras, como técnicos e analistas aderiram ao movimento.

INSS de Francisco Beltrão. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

JdeB – Funcionários do INSS entraram em greve quarta-feira, 23. Moacir Lopes, servidor do INSS e da Secretaria de Organização do Sindicato dos Servidores da Previdência no Paraná (Sindprevs-PR), informa que a  Federação Nacional de Sindicatos protocolou a pauta de reivindicação para o INSS, Ministério do Trabalho e Ministério da Economia.

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Moacir relata que “os representantes do governo, alegando problemas fiscais e também não ter autorização para negociação que tenha impacto financeiro, não deram o tratamento merecido aos servidores que completam cinco anos com salários congelados. Apesar de termos realizado audiências, cobrado respostas do Acordo de Greve de 2015, apresentado mensalmente os problemas do INSS, como esta questão da falta de reposição do quadro de servidores defasado em 23 mil servidores, não fomos ouvidos”.

Problema se agravou

O servidor ressalta que os problemas se agravaram, pois, ao colocar todos os serviços pela via digital, criou-se uma grande fila digital, com aproximadamente 1,8 milhão de processos aguardando análise. “E os servidores sofrendo grande pressão, porque estabeleceram metas fora da realidade para obrigar os servidores a cumprirem a demanda e isto provocou outro problema, o adoecimento de quase 50% do quadro de servidores ao longo aos últimos anos.”

Com exceção dos médicos peritos, que são de carreira própria, as demais carreiras, como técnicos e analistas, aderiram ao movimento. No primeiro dia da paralisação, havia servidores em greve em 17 estados, e em alguns estados  há servidores em processo de mobilização e devem parar até segunda-feira, 28. “Uma boa adesão para o primeiro dia de greve”, argumentou Moacir.

Paralisação no Paraná

No Paraná, tem greve em várias cidades, incluindo Francisco Beltrão. “Estamos fazendo a compilação do total de adesão, pois temos ainda muitos servidores em trabalho remoto, mas podemos dizer que Pato Branco, Londrina e Foz do Iguaçu têm grande adesão, praticamente fechando a agência da Previdência. E ainda Francisco Beltrão, Cascavel, Toledo, São Miguel do Iguaçu, Maringá, Paranavaí, Apucarana, Telêmaco Borba, Ponta Grossa e Curitiba, tem servidores em greve.”

Como vem crescendo a adesão, a expectativa é que mais locais irão aderir ao movimento. “Temos uma dificuldade complementar, pois uma parcela considerável dos servidores está em trabalho remoto; comando de greve vem orientando que estes servidores comuniquem o gestor e o sindicato que está entrando em greve, e este processo é bem devagar.”

Os médicos peritos não aderiram à greve. “Em praticamente todas as APS da região tem militares da reserva, aposentados e estagiários, estes poderão fazer este atendimento. Porém, as mais de 828 mil pericias aguardando na fila virtual não poderão ser computadas ao movimento grevista”, disse o servidor. 

Estratégias do movimento

De acordo com Moacir, a primeira e mais importante estratégia é que os servidores em greve querem negociação para retornar ao atendimento normal dos segurados, seja presencial ou remoto. Em segundo está o impacto que a suspensão de atendimento dos segurados. “E ainda na força do movimento e pressão sobre os deputados que via de regra podem cumprir importante papel para ajudar na solução da greve.”

O comando de greve elaborou uma carta aberta à população explicando sobre a greve. Os segurados têm vários canais remotos para atendimento, incluindo call center 135.

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