Campanhas políticas muitas vezes se acirram a tal ponto que alguns até questionam a força da democracia em suportar a radicalização. Mas a história do Brasil, desde a década da redemocratização — desde aqueles fervorosos anos 80 (com nova Constituição) —, tem provado que sim, que o regime defendido pela ampla maioria tem alicerces para aguentar o tirão.
Bem comparando, é como quando acontecem disputas emparelhadas nos municípios, parecendo que quem perder vai embora na semana seguinte. Mas não vai. Não vai porque o amor à terra é maior que eventuais diferenças políticas. Como acontecerá com o Brasil amanhã à noite: os derrotados, tristes, hão de se resignar e se preparar para a próxima. Os vitoriosos vão trabalhar para tentar fazer o seu melhor. E em meio a isso, ao sorriso e à decepção, a vitória da democracia brasileira.