Mantida pela Prefeitura, iniciativa está sendo reformulada para atender grupos com sobrepeso ou problemas de saúde.

JdeB – Toda segunda e quarta-feira à tarde, dona Nilza Furlan tem um compromisso com sua saúde. Ela é uma das participantes que há mais tempo frequenta a Academia de Saúde, inaugurada em 2018 ao lado do Ginásio Sarará, no Pinheirinho.
“Antes, eu tinha um pouco de dor nas costas e depois que comecei vir aqui sumiu. Gosto de fazer todos os exercícios bem certinho e tá dando resultado.”
Para além dos benefícios ao corpo, ela relata que a ginástica tem melhorado seu astral.
Assim como dona Nilza, cerca de outras 40 pessoas participam da Academia de Saúde. O projeto é mantido pela Prefeitura, que tem o espaço, equipamentos e cede os profissionais para acompanharem os participantes. Tudo gratuito, mas com o compromisso de que os moradores venham aos treinos, senão perdem a vaga.
A educadora física Laudiane Gonçalves é uma das responsáveis pelas aulas e conta que o trabalho de melhoria da qualidade de vida é lento e constante, mas fica evidente.
“É visível a melhora de qualidade de vida desses pacientes. É gradativo e lento, mas a gente consegue perceber e eles também relatam o quanto evoluíram, o quanto melhoraram a qualidade de vida, se inserindo e tendo uma prática esportiva. Eles fazem mais do que se exercitar, porque estão inseridos, estão em atividade física, em contato com outras pessoas, conversando e se mexendo.”
A Academia funciona de segunda à sexta, com turmas pré-definidas em cada horário. No espaço interno, os alunos podem fazer treinos mais voltados ao reforço muscular e ósseo. Na parte externa, tem as aulas coletivas, que também acontecem nos bairros em dias e horários programados. Além da Laudiane, as atividades são ministradas pela educadora física Cristiane Correia da Silva.
Sem a academia, alunos estariam no sedentarismo
Dona Edite Godoi gosta tanto das aulas que “se pudesse, viria mais vezes na semana”. A colega Terezinha Colonetti, que passou a frequentar neste ano, já deixou as dores que sentia no passado.
“É engraçado que a gente vem, faz esforço, mas não sente mais as dores e a disposição melhora mais do que ficando parado.”
O trio de amigas Luciane Macarin, Benilde Padilha e Senira Bertuol também não perde uma aula: “além de mexer o corpo, também melhora o psicológico da gente”.
Laudiane reforça que, não fosse a Academia de Saúde, a maioria dos alunos ia permanecer sedentária.
“Uns 90% das pessoas que estão na academia não participavam de atividade nenhuma. Não tinham acesso à academia, não tem dinheiro para pagar um personal, então ele não vai. Então a gente conseguiu tirar esse povo de casa e fazer com que hoje a atividade física seja regular.”
Atendimento está sendo reformulado
Por cerca de um ano, a Academia ficou fechada nos períodos mais críticos da pandemia e agora, com a volta das atividades de forma normalizada, o espaço está passando por uma reformulação. Até então, qualquer pessoa poderia se inscrever para os treinos, priorizando quem tivesse algum problema de saúde preexistente. Agora, a demanda virá das unidades de saúde, com os pacientes que têm indicação médica para praticar exercícios, como os que sofrem de sobrepeso e obesidade, diabetes, hipertensão e outras complicações. A nova metodologia deve fazer com que a Academia de Saúde volte a ter cerca de 100 alunos.