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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Após dois anos, volta a Semana Farroupilha

É uma das maiores do Paraná, promovidas por três CTGs, Departamento de Cultura e Prefeitura de Beltrão.

Amarildo Petry, patrono da Semana Farroupilha de 2022, discursa durante homenagem da comissão organizadora. Na foto de detalhe, o Agustinho Müller, coordenador da semana, e o prefeito Cleber Fontana acendem a chama crioula que foi trazida por Caludir da Silva. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

JdeB – A solenidade de abertura da 16ª Semana Farroupilha da Integração, de Francisco Beltrão, aconteceu na noite de ontem, no Parque de Exposições. Mas as duas primeiras atividades aconteceram pela manhã. O vice-patrão da Confederação Brasileira de Tradicionalismo Gaúcho (CBTG) e secretário de Finanças de Francisco Beltrão, Elóis Rodrigues, e o peão Bririva Xiru da CBTG e diretor do CTG Herdeiros da Tradição, Amarildo Petry, proferiram palestra sobre a Revolução Farroupilha para 218 alunos no auditório do Centro de Eventos.

Na plateia, alunos de turmas do 6º ao 9º anos do ensino fundamental 2, das escolas municipais Epitácio Pessoa (Seção Jacaré), Juscelino Kubitschek (Vila Rio Tuna), Basílio Tiecher (Km 20/São Pio X) e Deni Schwartz (Ponte Nova do Colegipe). Hoje, a palestra será repetida para mais estudantes da rede municipal de ensino. Elóis conta que há dez anos estas palestras são ministradas para os alunos de Beltrão.

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Elóis Rodrigues em palestra sobre a Revolução Farroupilha. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

O conteúdo aborda aspectos da Revolução Farropilha, ocorrida entre 1835 e 1845, no Rio Grande do Sul: Algumas das causas para o levante — o alto tributo sobre o charque produzido no Rio Grande e as questões sobre o Império no Brasil —; a origem do Movimento Tradicionalista Gaúcho, suas organizações, o começo e expansão da Semana Farroupilha; a primeira Ronda Crioula no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, em 1947; a fundação dos primeiros centros de tradições gaúchas (CTGs) e a expansão pelo Brasil.

Após a palestra, os estudantes participaram do almoço, servido às 10h30, tendo como prato principal arroz carreteiro, que faz parte da culinária e cultura gaúcha, e retornaram para suas escolas. O almoço foi patrocinado pela Cooperativa de Crédito Sicoob.

Retomada

Elóis Rodrigues destaca a retomada da realização da Semana Farroupilha em Beltrão. Ele diz que as pessoas estão mais animadas para o retorno do evento.

“Cada ano vem aumentando mais, desta vez a participação aumentou talvez porque estava paralisada [nos últimos dois anos].”

O vice-patrão da CBTG destaca que mais entidades e grupos novos de cavaleiros se juntaram à Semana Farroupilha. Por isso, além da estrutura montada no Parque de Exposições pela Prefeitura e o Departamento de Cultura para os eventos, no bosque foram instalados os ranchos crioulos para receber integrantes de empresas, entidades — CTGs, Rotary e outras — e os grupos de cavaleiros. Para Elóis  a Semana Farroupilha de Beltrão é uma das maiores do Paraná, e fora do Paraná está entre as dez maiores.

“O acampamento nosso é um dos  maiores.”

 Ele diz porque o evento é um dos maiores do Brasil: pelos shows, público, eventos e apoios.

A solenidade de abertura oficial aconteceu à noite, com a presença de lideranças políticas e do tradicionalismo gaúcho e a comunidade, apresentações culturais e o show com João Luís Corrêa.

UM EVENTO COM ATRAÇÕES CULTURAIS E GASTRONÔMICAS

JdeB – A Semana Farroupilha de Francisco Beltrão tem muitas atrações culturais — danças, trovas, apresentações de acordeon e shows — e a boa gastronomia gaúcha. Na noite de ontem foi servido carne suína no tacho com mandioca, arroz e saladas para as pessoas que foram ao Parque de Exposições.

Para o jantar de hoje, o prato é galeto, macarrão, polenta e fortaia. Amanhã, tem feijoada ao meio-dia e no jantar vaca atolada. Domingo, 11, a partir das 8h, será servido o café campeiro e, ao meio-dia, o costelão gaúcho.

A preparação da “boia”, como o pessoal do tradicionalismo costuma dizer, está sob a coordenação de Adilto Fausto, o Baio, e sua esposa, Salete, e Antonio Constantino, do CTG Recordando os Pagos, e Amarildo Petry, do CTG Herdeiros da Tradição. Na preparação dos alimentos são oito pessoas, e mais seis, dos três CTGs, para servir as mesas.

Tenda gigante

A tenda gigante da Semana Farroupilha tem mesas e cadeiras para acolher até mil a 1,2 mil pessoas. Os alimentos são preparados na cozinha do Centro de Eventos, mas o costelão será no sistema fogo de chão; a feijoada no tacho e o porco no tacho são feitos na área externa.

Ontem e hoje está sendo servido o arroz carreteiro para estudantes da rede municipal de ensino que participam da palestra sobre a Revolução Farroupilha.

Adilto Baio diz que os pratos são feitos com base na culinária gaúcha. Para os jantares, o pessoal começa a preparar os alimentos no começo da tarde.

Preços e dicas

As pessoas que vão saborear as refeições na Semana Farroupilha, no Parque de Exposições, devem levar pratos e talheres. Os ingressos para os jantares e a feijoada de amanhã custam R$ 35. No domingo, o ingresso para o café campeiro custa R$ 20 e o costelão de almoço, R$ 40. As pessoas podem comprar os ingressos com o pessoal que está servindo as refeições. Não há cobrança de ingressos para assistir aos shows e apresentações e visitar os ranchos crioulos.

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