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Francisco Beltrão
segunda-feira, 09 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Beltrão completa 70 anos de existência, dona Elena 70 anos de trabalho

Dona Elena com a cachorra Luna, a bisneta Sofia e a filha Sandra. Elas que abrem e fecham a loja de peças Gagliotto, todos os dias. Foto: Ivo Pegoraro/JdeB.

Viver numa cidade durante 70 anos, não são muitos. Trabalhar durante 70 anos também não são muitos. Agora, trabalhar na mesma cidade durante 70 anos, isso é muito raro. Mas Francisco Beltrão, que comemora 70 anos de existência neste 14 de novembro, tem dona Elena Gagliotto que na instalação do município, em 1952, já trabalhava. E nunca parou. Aos 84 anos, é ela, junto com a filha Sandra, que abre e fecha a Gagliotto Rolamentos e Autopeças, na Rua Curitiba, próximo à Avenida Júlio Assis Cavalheiro, no Centro da cidade.

– Abrimos normal, às oito, máximo oito e meia nós tamos aqui. E de tarde somos as últimas que saem.

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Preocupação com os clientes:

– “No sábado é das oito e meia até as 11 e meia. É pra dar assistência porque, se todo mundo fecha, o co-mércio, oficina, tudo, daí quebra uma máquina, o cara tá colhendo ou tá plantando, depende do tempo, alguém tem que ter consciência e atender.”

Gaúcha de Encantado, Elena Dall’Accua nasceu dia 15 de junho de 1938. Sua mãe morreu nova. Em 1951, junto com seu tio Genuíno Ballastreli, mudou para a Vila Marrecas, que, no ano seguinte, mudaria o nome para Francisco Beltrão. Estava com 13 anos. Começou a trabalhar “logo em seguida”, como balconista do atacadão dos Irmãos Pedron. Em 1953, chegou, também do Rio Grande, Ernesto Gagliotto. Ele nasceu em Getúlio Vargas (12-2-1923), mas teve oficina de caminhão em Porto Alegre. E veio com sua oficina para se instalar também no Centro do então já município de Francisco Beltrão. Eles se viam na rua, mas o namoro começou mesmo numa festa da padroeira, Nossa Senhora da Glória, dia 15 de agosto. Em 12 de setembro de 1956, casaram.

Ernesto não quis que a esposa continuasse trabalhando em outra loja. Aí ela passou a trabalhar com ele, na oficina, que depois virou loja de autopeças. O marido, que era mais velho, morreu com 93 anos (16-5-2016), e dona Elena continuou firme na empresa. Durante a pandemia até trabalhou mais, porque a filha Sandra pegou covid e ficou hospitalizada. Mas depois tudo foi voltando ao normal e o encontro é diário na loja.

E ela ainda tem outros trabalhos em casa. Durante a entrevista, chega um amigo (Valdomiro Didoné, o Dama) anunciando que lhe trouxe mudas de frutíferas. E ela conta que tem preocupação também com um muro. “Eu tô fazendo um terreno ali na avenida que sobe lá na praça, graças a Deus consegui fazer aquele muro. Eu não dormia de noite, preocupada, porque com toda essa chuva que tinha dado, ia desmoronar, mas consegui fazer o muro antes, e não saiu barato.”

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