ABr e JdeB – O movimento em vários postos de Francisco Beltrão aumentou entre segunda-feira e ontem, devido à volta dos impostos – PIS, ICMS e Cide – sobre a venda de combustíveis. A direção da Petrobrás anunciou que diminuirá, a partir de hoje, os valores do litro da gasolina e diesel para as distribuidoras. Mas mesmo assim haverá uma pequena, parcial e gradual, cobraça de imposto.
A gasolina subirá até R$ 0,34 nas bombas; e o etanol, R$ 0,02 com a reoneração parcial dos combustíveis, disse o ministro Fernando Haddad (Fazenda).
Os valores consideram a redução de R$ 0,13 para o litro da gasolina e de R$ 0,08 para o litro do diesel anunciados pela Petrobrás.
Para manter a arrecadação de R$ 28,8 bilhões prevista até o fim do ano caso as alíquotas dos combustíveis voltassem ao nível do ano passado, o governo elevará o Imposto de Exportação sobre petróleo cru em 9,2% por quatro meses para obter até R$ 6,6 bilhões. Uma medida provisória será editada para que os novos preços entrem em vigor a partir de hoje, 1º.
Movimentação maior
Nos postos de combustíveis de Francisco Beltrão, nesta semana, houve um aumento nas vendas. Veículos de comunicação com abrangência nacional anunciaram, nos últimos dias, que os impostos poderiam voltar a ser cobrados nas vendas, e muitos motoristas, precavidos, anteciparam o abastecimento de seus veículos.
No Posto Mosele, o proprietário Deonir Mosele estima que o movimento aumentou 10% em dois dias. A maioria das pessoas estava abastecendo seus carros com gasolina. “O pessoal tá sabendo que vai ter aumento, então tão procurando abastecer”, resume.
Alcindo Huning, gerente do Posto City Bel, também diz ter aumentado as vendas de combustíveis nesta semana. Alcindo disse que a venda de gasolina correspondeu a cerca de 90% do movimento e os outros 10% foram de álcool anteontem e ontem.
“A grande maioria tá optando pela gasolina, sim, porque não compensa, no quilômetro rodado, o comparativo entre gasolina e álcool”, avaliou Alcindo.
Wilson da Silva, gerente do Posto Coasul, contou que ontem teve filas de veículos para abastecer. Ele acredita que o movimento grande se deveu ao noticiário sobre à volta dos impostos sobre as vendas de combustíveis.