Por Leandro Czerniaski – Em sete dias, duas quedas de energia afetaram boa parte de Francisco Beltrão. A primeira foi na terça-feira da semana passada, após fortes ventos e chuva, e foi causada por um problema na subestação. Na terça desta semana, mais uma queda: a Copel informou que houve um desligamento acidental na subestação, o que deixou mais de 41 mil consumidores sem energia por quase duas horas. Desta vez, não teve temporal.
As interrupções têm causado transtornos no trânsito, estabelecimentos comerciais, indústrias e residências e evidencia a dependência da energia elétrica. Ocorre que a Copel vem planejando há cerca de oito anos a ampliação do sistema de distribuição de energia na cidade, com a construção de uma nova subestação no bairro Água Branca. As obras deveriam ter sido concluídas há três anos, mas a empreiteira abandonou os serviços devido a problemas financeiros. Foram mais de dois anos e meio de paralisação. Em outubro do ano passado, uma nova empresa contratada pela Copel assumiu os trabalhos, com previsão de entregar a subestação no primeiro semestre de 2024.
“No momento, 25% da obra civil foi concluída. Após o abandono da obra pela empreiteira que a executava, foi realizada nova licitação para contratação da empresa que vai terminar a construção. O processo licitatório foi realizado e o contrato com a nova empresa, assinado recentemente”, informa nota enviada ao JdeB pela companhia de energia.
33 mil imóveis atendidos
Com capacidade de 138 kV, a Subestação Petrópolis vai ajudar a reforçar o sistema energético em Beltrão, onde deve atender 18 mil unidades consumidoras. Mais de 15 mil imóveis nos municípios da região, como Marmeleiro, Flor da Serra do Sul, Salgado Filho e Manfrinópolis também serão beneficiados pela obra. A subestação da Cidade Norte continuará operando.
“Com a nova estrutura e as novas redes que serão conectadas a ela, a cidade contará com mais uma fonte de fornecimento de energia. Isso significa que, em caso de um problema em outra subestação, a nova unidade poderá funcionar como backup e abastecer parte da cidade com energia”, reforça a nota da Copel.
“Cinturão” de distribuição de energia A proposta é interligar as duas subestações de Beltrão com a nova estrutura em Pato Branco, para suprir energia caso alguma delas sofra interrupção na operação. As subestações são pontos que recebem a energia das usinas e regulam a tensão para ser distribuída à rede que vai para as residências e empresas.
