
JdeB – No fim de semana esteve em Francisco Beltrão o candidato a deputado federal Ademir Vicente da Silva. Ele vota em Curitiba, mas tem muitos amigos e conhecidos aqui, do tempo que era gerente regional do Sesi/Senai.
Ele diz que seu partido, o Novo, faz campanha sem verbas do Fundo Partidário. Como fazer campanha sem dinheiro? Ele responde: “Eu vou pra rua todo dia, entrego meu santinho, meu panfleto, e converso com as pessoas. É o que os políticos faziam 30 anos atrás e hoje poucos fazem isso, a maioria paga para alguém entregar seu material e falar do candidato”.
A vantagem desse estilo de campanha, segundo Ademir, é que “as pessoas se sentem valorizadas, porque estão vendo e conversando com o próprio candidato e elas começam a dar sugestões e a perguntar. Por exemplo, aqui em Beltrão me perguntaram por que os deputados e os ministros do STF não têm limite de tempo para permanecer no poder”.
Ademir continua: “Numa outra conversa, eu nem sabia que ele era agente penitenciário, ele me disse que na Penitenciária de Francisco Beltrão tem cerca de 1.200 presos e, desses 1.200, uns dez ou 20 têm curso superior, uns 60 a 70 têm ensino médio, uns 300 a 400 têm ensino fundamental e o resto é analfabeto. Então, em três minutos ele resumiu um fator chave para reduzir a violência no Brasil e melhorar a segurança: temos que investir mais em educação. Ele me passou um resumo de uma coisa que raramente você vê e é esse tipo de coisa que a gente está em busca”.
Ademir conta que é filho de agricultores analfabetos, nasceu em Iporã (PR) e desde os 8 anos começou a ajudar seus pais. Mas conhecimentos não lhe faltam, porque ele, embora sempre tenha mantido ligação com a agricultura, estudou, formou-se técnico em Contabilidade, depois Educação Física e doutor em Administração e mestrado na área de Saúde do Trabalho, em São Paulo e Posadas, Argentina. No período de gerente regional do Sesi/Senai, atendeu grande parte do Paraná (regiões Oeste, Sudoeste, Centro, Curitiba e Campos Gerais), e sempre manteve, paralelamente à atividade pública, suas empresas, ligadas à agricultura ou outros ramos, como escola de informática, além de consultoria, aproveitando a grande experiência que adquiriu numa vida profissional bem variada.
Ademir conta que entrou na política porque se identificou com o Partido Novo que é “diferente”, posiciona-se contra o fundo partidário, exige que o candidato passe por um processo seletivo e possui “um conjunto de valores com os quais me identifico, como honestidade e trabalho duro”.