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Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Condições climáticas estão favorecendo a disseminação da ferrugem asiática

Problema atinge principalmente as lavouras plantadas mais tarde.

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JdeB – As condições climáticas dos últimos dois meses estão favorecendo o aparecimento e a disseminação da ferrugem asiática nas lavouras de soja de várias regiões do Paraná, entre elas, do Sudoeste.

Marcos Rogério da Silva Alves dos Santos, engenheiro agrônomo e coordenador regional de projetos do IDR, núcleo de Francisco Beltrão, informa que o instituto dispõe de coletores de esporos de ferrugem asiática em lavouras de soja de todo o Estado.

As lâminas são trocadas toda semana pelos técnicos do IDR-PR. Por meio destas lâminas os extensionistas do órgão público detectam ou não a presença de esporos de ferrugem. Marcos informa que na região do IDR-PR de Francisco Beltrão “entre os municípios de Capanema e Renascença, foi identificado que a ferrugem asiática chegou no final de dezembro de 2022 [na região] e foram identificados nos nossos coletores de esporos”.

Lavoura atingida pela ferrugem asiática. Foto: Alexandre do Nascimento.

Lavouras de novembro

Marcos acrescenta que  o clima acabou favorecendo o aparecimento da doença. “Com o passar dos meses, a condição do clima, a umidade foi aumentando, então as lavouras que foram colhidas antes ou colhidas agora estão sentindo menos a ferrugem asiática, porque não deu tempo do fungo trazer prejuízos para as lavouras. Agora, as que ainda estão no campo, que foram plantadas mais tarde, em novembro, essas estão sentindo mais e vão sentir mais ainda porque a doença tá disseminada na região e tá difícil de entrar com o controle porque tem chovido bastante, então dificulta entrar com o controle porque os produtos são caros pra combater a ferrugem asiática. Se o produtor aplicar e chover em cima, ele perde [a aplicação e o efeito do químico sobre as plantas]”.

Dificuldade de manejo

Alexandre do Nascimento, engenheiro agrônomo do entreposto da Coasul em Francisco Beltrão, confirma que o problema está afetando as lavouras de soja da região. “A dificuldade é de fazer o manejo, de entrar com as máquinas, tem o problema das chuvas e das áreas de declive da região.”

Os solos estão úmidos devido às constantes chuvas dos últimos meses e, ultimamente, tem feito temperaturas amenas. Estas condições favorecem a disseminação da ferrugem asiática e dificultam a entrada do maquinário nas áreas plantadas.

Alexandre diz que a situação é preocupante também porque muitas plantas estão na fase de enchimento de grãos e que precisam de proteção. Com o contágio da ferrugem nas lavouras, as folhas acabam amarelando e as plantas soltam estas folhas contaminadas para evitar outros problemas.

Para o extensionista Marcos Rogério, do IDR-PR, ainda não há estimativa de perdas na safra. Alexandre ressalta que “O bom é que boa parte das nossas lavouras está escapando [dos prejuízos da ferrugem]”.

Os prejuízos vão depender de cada produtor, se conseguiu fazer o manejo no momento certo contra a ferrugem ou se precisou adiar o serviço devido às chuvas e à umidade dos solos. Os danos às folhas podem ser vistos em várias lavouras – folhas amareladas e com manchas pretas.

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