Após a Quarta Revolução Industrial, a tecnologia passou a ser a base da chamada Indústria 4.0. Além da Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Cidades Inteligentes, agora até a maneira de contratar está sofrendo alterações. Contratos inteligentes nada mais são do que sistemas de computador descentralizados que usam criptografia.
Eles são desenvolvidos em plataformas de blockchain e têm como uma das características a imutabilidade, o que permite a execução automática das cláusulas. Por exemplo, ao comprar uma passagem aérea com um contrato inteligente, havendo o cancelamento do voo, os passageiros que fizeram check-in poderão ser indenizados automaticamente.
Apesar de parecer distante, essa prática ficou cada vez mais comum após a pandemia. Provedores de internet aqui da cidade já têm utilizado smart contracts há algum tempo. O mesmo vale para profissionais que trabalham de forma remota. Outra vantagem, além da segurança das cláusulas ser ainda maior do que os contratos físicos, é a redução da burocracia.
Já não se faz mais necessária a participação de um terceiro intermediário, como o reconhecimento de assinaturas em cartórios. É que os participantes iniciam o acordo assinando o contrato com suas chaves privadas, chamadas tolken digitais, que são completamente rastreáveis e intransferíveis.
Especialistas acreditam que, num futuro próximo, essa tecnologia disruptiva dominará o mercado, deixando os contratos tradicionais para trás. No entanto, até lá, será necessário muito suporte técnico e assessoria profissional especializada para que os smart contracts se adaptem às necessidades das empresas e mercados.