Minas Gerais é famosa pela produção de leite, queijos e cachaça. Quando junta esse know how com a força de vontade e capacidade de uma são-jorgense, o resultado só poderia ser de sucesso. Então essa é a fórmula da Agroleite, que é uma empresa instalada em São Jorge D’Oeste, mas que atende mais de 400 produtores nas cidades de Quedas do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Porto Barreiro e São João. A junção de Minas com São Jorge está na união do casal Rafael Bernardi de Oliveira e Simone Marafon, proprietários da Agropecuária Agroleite.
A história dos dois começou há alguns anos, em 2011, quando a são-jorgense Simone, que estava se formando em Veterinária, foi fazer estágio em Uberaba, na área de reprodução. O mineiro Rafael era técnico agrícola e trabalhava na Cooperativa Certrim, onde se conheceram. “Ela foi na loja da cooperativa, junto com outros veterinários, fazer compra de medicamentos. Daí a gente começou a conversar e passear juntos”, descreveu Rafael.
No final de 2011, Rafael resolveu se mudar para o Sudoeste paranaense para morar com a Simone e trabalhar como funcionário na Agroleite, que era uma agropecuária nova. Em pouco tempo, os antigos proprietários fizeram proposta de venda da empresa e o casal decidiu se aventurar. “Nós não tínhamos um real no bolso. Ela [Simone] deu a moto dela de entrada e parcelamos o resto em R$ 800 por mês. Terminamos de pagar a loja há poucos dias”, afirmou Rafa.
Hoje a empresa tem dois carros e um caminhão próprio. Com uma equipe de seis pessoas, faz a venda de rações com a representação da Insuagro de Verê, minerais da Agility, melhoramento genético da Semêx, ordenhadeiras e tanques de leite da Reafrio, além da assistência técnica, inseminação e nutricionistas com dietas para o gado. Os clientes, em sua maioria são produtores de leite, cerca de 80% e outros 20% são de gado de corte.
Avaliação do mercado
Sobre a atividade no campo, os empresários afirmam que o segredo está na qualificação do produtor rural. “É necessário ver a propriedade como uma empresa. Buscar orientação e fazer o planejamento, mesmo que ela não seja grande, ela pode se tornar rentável, desde que tenha planejamento e gestão”, argumentaram. Para tanto, usam de exemplo um cliente que tem cerca de 2 alqueires, com mais de 20 vacas de leite produzindo, mas que com orientação e boa gestão, ele vive bem, tira férias e viaja todo ano.
São Jorge D’Oeste
A família cresceu. O casal já tem o filho José Antônio, de 12 anos e não pretende se mudar. “São Jorge D’Oeste é uma cidade boa para criar família e os filhos. Segurança, custo de vida, saúde pública: tudo ao alcance. Educação pública de qualidade. Não pretendemos sair daqui”, afirmou Simone que é nascida e criada nesta terra.
