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Francisco Beltrão
sábado, 21 de junho de 2025

Edição 8.230

21/06/2025

Destruição em Brasília

Planalto, Congresso e STF têm vidros e móveis depredados em domingo violento em Brasília. Aproximadamente 1.200 pessoas foram presas.

Em poucas horas, domingo à tarde, tudo foi destruído nos palácios dos três poderes em Brasília. Foto: Fotos de Marcelo Camargo/Agência Brasil de Notícias.

ABr e JdeB – Um domingo violento em Brasília, dia 8. Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram suas sedes invadidas. Vidros e móveis foram quebrados pelos manifestantes.

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Aproximadamente 1.200 pessoas foram presas no local e levadas em dezenas de ônibus até a Superintendência da Policia Federal. Não teve mortes ou feridos graves.

A demora ou a ausência de reação de forças policiais permitiram que muita gente adentrasse aos prédios e vandalizasse. O prejuízo deve ser muito grande.

A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.

A Polícia do Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal começaram, ontem, 9, a desocupar a área em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Os detidos passarão por triagem no Instituto de Criminalística e devem ser ouvidos pela PF.

A Polícia Civil também emitiu nota em que confirma a prisão em flagrante de 204 vândalos durante o domingo de depredação e violência na Praça dos Três Poderes. De acordo com a corporação, os responsáveis por atos de menor potencial ofensivo assinaram termos de comparecimento à Justiça e foram liberados. Outros, responsáveis por condutas mais graves, permanecem presos.

Ex-presidente Bolsonaro diz que depredações e invasões fogem à regra da democracia

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro se manifestou no Twitter sobre as manifestações que culminaram na depredação das sede dos Três Poderes.

“Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje [domingo], assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente também diz que durante seu mandato agiu seguindo a Constituição e repudiou “as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”.

A declaração de Bolsonaro se refere a fala feita pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse que os discursos de Bolsonaro estimularam os atos de vandalismo do  domingo.

Bolsonaro internado

Bolsonaro foi internado em um hospital em Orlando, nos EUA, onde está desde o dia 30 de dezembro. A informação foi noticiada primeiro pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pelo site UOL.

Segundo interlocutores de Bolsonaro ouvidos pelo UOL ontem, ele passou mal de madrugada, com dores abdominais, e deu entrada às 4h (horário da Flórida) no AdventHealth Celebration para fazer exames de imagem.

Em nota, presidentes dos Três Poderes chamam atos de “golpistas”

Os presidentes dos Três Poderes da República divulgaram uma nota conjunta em defesa da democracia. No texto, eles dizem rejeitar os “atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas”.

“Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras”, diz a nota, que foi publicada no perfil oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em redes socais. “Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz, e da democracia em nossa pátria”.

Além de Lula, assinaram a nota o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente em exercício do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e a presidente do STF, ministra Rosa Weber.

“Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria. O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”, conclui o texto.

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