Os prejuízos ao organismo humano podem ocorrer no curto e longo prazos.
JdeB e ABr – O médico pneumologista Redimir Goya, de Francisco Beltrão, que atende pacientes em seu consultório particular e no Ambulatório do Fumo da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua Bahia, Bairro Presidente Kennedy, é favorável à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os cigarros eletrônicos. Ele, inclusive, defende a realização de campanha de esclarecimentos sobre este assunto.
Na semana passada a Anvisa decidiu proibir, em definitivo, a importação, propaganda e comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. Estes cigarros são aparelhos alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil, que armazena o líquido.

O médico justifica que é favorável à proibição “pelos males causados por este hábito”.
Embora proibido, este tipo de cigarro é vendido no Brasil e muitos jovens passaram a usá-lo. Porém, o prejuízo à saúde da pessoa que usa cigarro eletrônico é mais rápido. “Existem malefícios a curto e a longo prazo dos cigarros eletrônicos. Já tivemos diversos casos de pneumonias graves causadas pelos componentes do cigarro eletrônico”, conta o médico.
Dr. Redimir faz um alerta às pessoas sobre este novo produto que está se disseminando no Brasil. “A maioria dos pacientes que fumam cigarros eletrônicos ainda desconhecem os seus malefícios. Recebemos vários pacientes que nos procuram para a cessação deste hábito, mas infelizmente é muito menos que nós desejamos. Os jovens, em sua grande maioria, desconhecem os verdadeiros prejuízos do cigarro eletrônico e também do narguilé.”
Fumaça parecida
A temperatura de vaporização da resistência é de 350°C. Nos cigarros convencionais, essa temperatura chega a 850°C. Ao serem aquecidos, os DEFs liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional.
O médico defende um amplo esclarecimento sobre estes dois tipos de produtos que vêm sendo usados principalmente pelos jovens. “Acho que precisamos realizar uma campanha de conscientização dos efeitos que estes dispositivos podem ocasionar no organismo. Existe uma campanha de publicidade, apesar da proibição, visando principalmente os jovens. Concomitante a isto, é necessário que as autoridades competentes atuem na venda ilegal destes produtos.”
Dr. Redimir se coloca à disposição de entidades e empresas que manifestem o interesse de palestras e esclarecimentos sobre este tema.