
JdeB – O domingo, 28, foi de comemoração na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão. Nos decanatos de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Palmas, Pato Branco, Realeza e São João foram organizados os congressos dos catequistas das 46 paróquias. No Centro Social da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marmeleiro, se reuniram pelo menos 600 catequistas das cinco paróquias de Beltrão e Marmeleiro para a comemoração da data. O clima era de animação entre os participantes. Duas das entrevistadas para o JdeB destacaram seu amor pela catequese.
Padre Emerson Detoni, coordenador do Decanato de Beltrão, exaltou a realização do evento depois de dois anos de pandemia de covid-19.
“Em 2022, retomando a nossa caminhada de encontros, nós temos o congresso no decanato. O tema deste ano é ‘Catequese e Ecologia Integral’, refletindo junto com o papa Francisco esta realidade, iluminados pela Encíclica Laudato Si, essa preocupação com a casa comum, visto que os catequistas trabalham com as nossas crianças. E a nossa catequese, além dos ensinamentos religiosos, ela também nos ajuda a sermos pessoas melhores, no cuidado com a relação com o outro, no relacionamento com Deus, no relacionamento consigo, e no cuidado também com a natureza, esse relacionamento com a criação, do qual Deus nos deu o mandato, de cuidar, de guardar, como bons jardineiros.”
Na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, composta por 42 municípios e 46 paróquias, atuam de 3.500 a quatro mil catequistas. No Decanato de Francisco Beltrão são cerca de 600. Por isso, o padre Emerson comentou: “Celebrarmos o Dia do Catequista é motivo de alegria, em que nós nos reunimos, confraternizamos, louvamos e agradecemos a Deus pela vocação do catequista e aos nossos catequistas pelo amor e a dedicação à catequese”.
A programação foi aberta com um momento de espiritualidade organizado pela Paróquia Cristo Rei. Depois, o padre Vagner Raitz, assessor da Pastoral da Catequese, proferiu palestra abordando o tema da Ecologia Integral e reflexão sobre o trabalho com os catequisandos. No fim da manhã foi celebrada a missa na Igreja Matriz, lotada, e teve como celebrantes os padres Geraldo Macagnan, vigário diocesano; Emerson Detoni e Tiago Berra, da Concatedral Nossa Senhora da Glória; Ademilson Barbon, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marmeleiro; Valdecir Bressani, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida; e José Vieira de Sousa, da Paróquia São José, de Beltrão. O padre Ademilson deu as boas-vindas aos participantes do encontro. O congresso teve, ainda, momento formativo e a comemoração ao Dia do Catequista.
Os desafios
A catequese enfrenta alguns desafios na Diocese. Padre Emerson disse que há comunidades onde não há crianças na catequese ou poucos frequentadores, mas mesmo assim há o atendimento pelos catequistas e a decisão da Igreja de trabalhar pequenos grupos ou pequenas comunidades eclesiais. Ele lembrou que no início do Cristianismo foi assim também: uma pessoa catequisando outra. Fernanda Maraschin, coordenadora decanal, comentou que agora a dificuldade é o retorno dos alunos. “Muitos catequisandos se afastaram e agora há essa dificuldade de retomada, junto com a família, da catequese presencial.”
Duas catequistas entrevistadas pelo JdeB destacaram o amor por este trabalho. “Eu considero muito importante essa confraternização porque a gente conhece outros catequistas. Eu estou nesta caminhada há mais de 30 anos. Comecei em Rondônia e aí voltei para o Paraná e continuei. Eu amo ser catequista! Amo a minha Igreja e se Deus me permitir, eu vou continuar até quando ele me chamar”, afirmou Maria Ivonete Claus, da Concatedral.
Maria José Gaiovski, catequista na Concatedral, está há 42 anos trabalhando com as crianças na Igreja Católica. “Comecei em Marmeleiro com 13 anos e continuo até hoje. É uma missão em que eu me encontrei.”