A fonte de energia que mais expandiu em 2022 foi a eólica, com 35%, seguida da energia solar, com 32,5 %.

Da Aneel e JdeB – O ano de 2022 será lembrado como um momento pujante para a ampliação da matriz elétrica no Brasil, com destaque para o aumento da oferta de energia gerada por fontes renováveis. O país encerrou o ano com uma expansão de 8.235,1 megawatts (MW) – a segunda maior registrada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde sua fundação, atrás apenas dos 9.528 MW alcançados em 2016.
Somente as usinas eólicas e solares responderam, respectivamente, por 2.922,5 (35,49%) MW e 2.677,3 (32,51%) MW, totalizando 68%.
Usinas termelétricas a biomassa representaram 904,9 (10,99%) MW; as termelétricas que utilizam combustível fóssil contribuíram com 1.355,7 (16,46%) MW; e as centrais hidrelétricas somaram 374,6 (4,55%) MW. A meta estabelecida pela Aneel para a expansão do parque de geração centralizada em 2022, de 7.625 MW, foi ultrapassada em 21 de dezembro com a entrada em operação das unidades geradoras UG1 a UG9 da Eólica Oitis 22, totalizando 49,5 megawatts (MW). O Brasil somou 188.980,9 MW de potência fiscalizada até 31 de dezembro de 2022, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o Siga, atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, ainda de acordo com o SIGA, 88% das usinas são consideradas renováveis.
2022, expansão da energia em MW, no Brasil
Eólica 2.922,5 – 35,49%
Solar 2.677,3 – 32,51%
Fóssil 1.355,7 – 16,46%
Biomassa 904,9 – 10,99%
Hidrelétrica 374,6 – 4,55%
Total 8.235,1 – 100%
Energia Solar teve um salto
Nos últimos anos, mas principalmente nos últimos meses de 2022, houve um aumento considerável de vendas e instalações de equipamentos de energia solar em residências, empresas e propriedades rurais. O aumento nos valores da tarifa de energia acabou impulsionando o segmento de energia solar/fotovoltaica. Tiago Rogério Poplawski, sócio-proprietário da Energy Sol, de Beltrão, conta que nesta reta final da lei sobre geração de energia solar houve uma acelaração nos negócios. As pessoas queriam garantir o direito de instalar os seus próprios equipamentos para geração de energia. “É um mercado dinâmico e de inovação”, frisa Tiago, ao falar sobre o segmento fotovoltaico. No Sudoeste do Paraná, as cooperativas de crédito Sicoob Vale Sul (Francisco Beltrão) e Sicoob Integrado (Pato Branco) investiram na implantação de usinas de energia solar. As duas cooperativas arrendaram uma área às margens da PR 483, em Beltrão, e instalaram painéis de energia solar que vão suprir as 50 agências (27 da Vale Sul e 23 da Integrado). João Manfroi, presidente da Sicoob Vale Sul, estima que as duas cooperativas terão uma economia mensal de R$ 70 mil.