Renato dos Passos e Roseli Caramori, líderes do grupo de 40 profissionais, relatam rotina e dificuldades no dia a dia: “não somos diaristas”.

JdeB – A profissão de cuidador está em alta, mas segue o panorama de outras atividades em Francisco Beltrão: bastante demanda, pouca mão-de-obra qualificada. É o que relata os profissionais Roseli Caramori e Renato dos Passos, que conduzem o grupo “Mãos que cuidam”, de 40 pessoas que prestam acompanhamento de idosos e pessoas em situação pós-cirúrgica, pós-parto e com problemas psiquiátricos.
Ele é enfermeiro, enquanto ela, habilitada com curso do Senac, tem experiência de dez anos. A função deles é cuidar e dar bem-estar ao paciente, em momentos propícios à invalidez.
“Por exemplo, tem gente com experiência, mas sem o curso, que é onde você aprende a limpar, como trocar, dar banho no paciente. Tudo isso é importante”, diz Roseli.
O cuidador, além da assistência ao idoso, fica atento a todo o ambiente: analisa se a residência possui tapetes, escada, chão escorregadio, etc e orienta os familiares sobre a necessidade das mudanças nos cômodos.
Eles também estão qualificados para prestar os primeiros socorros, dar banho, fazer barba e cortar cabelo, fazer curativos, dar alimentação e medicamentos no horário certo.
A duração do expediente varia, pode durar 12 horas, meio-período ou ser negociada com a família.
Cuidador não é diarista
Uma das dificuldades no dia a dia dos cuidadores é a confusão feita pelos empregadores, que os contrataram buscando, na mesma pessoa, alguém que faça os serviços da casa. “
Quem quiser doméstica, procura doméstica, não um cuidador. Muitas vezes nos buscam não pra cuidar só do paciente, mas pra limpar a casa, cozinhar, passar. O cuidador não faz esse serviço, ele está ali pra dar assistência ao paciente, não à família toda”, esclarece Renato.
“Mantemos o ambiente organizado, o banheiro, a louça que o paciente sujar, vou limpar, mas não vou faxinar ou fazer comida pra família toda”, acrescenta Roseli.
Tornar-se um cuidador
Embora a profissão de cuidador ainda não seja regulamentada, podem atuar enfermeiros – que possuem capacitação para tal – e pessoas com curso da área, que atualmente é ofertados por organizações e empresas como o Senac.
Renato e Rosali ajudam os colegas a conseguirem trabalhos. Para fazer parte do grupo deles, além do curso, é necessário passar por uma entrevista. “Analisamos com o interessado já trabalhou, se sabe os cuidados e aí colocamos ou não no grupo”, explica Roseli.
Para fazer parte do grupo de cuidadores entre em contato:
● Renato dos Passos 46 – 99914-2651;
● Roseli Caramori 46 – 99982-9933;
● Cleodete 46 – 98820-4162;
● Mary Miotto 46 – 99110-8461.