Reoneração contrasta com redução do valor praticado pela Petrobras.

Por Leandro Czerniaski – Quem abasteceu ontem já sentiu o valor maior da gasolina e do etanol, consequência da volta da cobrança de Pis e Cofins. Em Francisco Beltrão, o reajuste foi de até 50 centavos por litro de gasolina, variando para menos entre os postos de combustíveis. O valor médio, que estava abaixo de R$ 5 até terça-feira, agora chega a R$ 5,49 em alguns estabelecimentos.
A gasolina e o etanol estavam com a cobrança de PIS, Cofins e da Cide zerada desde o segundo semestre do ano passado, com previsão de retorno da cobrança em 1º de janeiro. O governo federal segurou a remuneração por dois meses e voltou a cobrar de forma parcial somente dois dos impostos – a incidência da Cide poderá retornar daqui quatro meses.
Em coletiva realizada nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou que a remuneração parcial vai ter um impacto de 47 centavos por litro de gasolina; caso a volta dos impostos fosse integral, o aumento seria de 69 centavos. Desde ontem, as refinarias da Petrobras estão praticando novo valor para a venda de gasolina, com redução de 13 centavos, o que deve amenizar o retorno das cobranças. O diesel não teve retorno de impostos e sofreu redução de 8 centavos pela Petrobras.
Estabilidade
O empresário Alcindo Hunning, proprietário do Posto City Bell, comprou uma remessa de combustível ontem com aumento de 47 centavos na gasolina e de 8 centavos no etanol. Ele acredita que os preços ficarão estáveis nos próximos meses, se não houver interferência de fatores externos ou volta de impostos, como o ICMS (estadual). “O combustível está atrelado a mudanças internacionais que podem refletir no preço do barril de petróleo e do dólar e fazer o valor mudar, mas acredito que o cenário é de estabilidade por algum tempo”, comenta Alcindo.