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Francisco Beltrão
domingo, 15 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Gervásio faz apelo aos agricultores
para a conservação do solo

Em áudio enviado aos clientes e amigos, ele disse que encontrou um cenário preocupante.

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JdeB – O engenheiro agrônomo Gervásio Kramer, da Germer Agropecuária, de Francisco Beltrão, gravou um áudio em que analisa os resultados das fortes chuvas para os solos agrícolas. Ele defende que as propriedades rurais mantenham técnicas de conservação do solo. “Sobre o clima, nós não temos como interferir. Não temos como comandar a natureza. Porém, nós temos como prevenir e como nos precaver sobre muitos dos danos que foram causados nesses dias, como o excesso de chuvas, e mesmo em relação a outros fatores que muitas vezes são adversidades que nós vivenciamos no dia a dia do campo. Sobretudo levando preocupações sobre os ombros daqueles que cultivam a terra.

Diz o agrônomo: “Como engenheiro agrônomo que sou e pela atuação que eu tenho na região, sempre tenho me postado com firmeza em relação a algumas práticas agrícolas que eu considero que são sustentáveis na agricultura. Claro, já vencemos muitas barreiras na área da genética agrícola. Temos muito material genético de milho, de trigo, de soja, de feijão à nossa disposição. Melhoramos muito em novas técnicas de cultivo, de manejo, de pragas, de controle de doenças, de conservação do solo, mas tem algumas práticas que nós, às vezes, acabamos esquecendo. E entre as práticas que eu acho que nós estamos negligenciando, é em relação às práticas de conservação de solo. Nós melhoramos muito a nossa produtividade de 20 e 30 anos pra cá, saímos do patamar de 200 sacos de milho por alqueire, fomos aumentando e ultrapassamos os 500 sacos de milho por alqueire. Saímos do patamar dos nossos 60 a 70 sacas de soja por alqueire e ultrapassamos hoje, com bastante facilidade, os níveis de mais de 200 sacos de soja por alqueire. Isso são avanços, tudo baseado na boa vontade do produtor em adotar as tecnologias novas e imprimir novos sistemas de produção, novos sistemas de plantio”.

O engenheiro agrônomo se diz preocupado com as situações que viu a campo provocadas pelo excesso de chuvas desta semana.

“Vejam quantos foram os prejuízos que tivemos que amargar nesses últimos dias, por questões climatológicas. Esses prejuízos, na verdade, nós nem conseguimos dimensionar. É difícil calcular com precisão. Nesses dias, ao andar pela região observando lavouras, eu encontrei um cenário que não é dos melhores. Rasgos gigantes e longos se formaram, arrastando para as áreas mais baixas ou mesmo para sangas e rios grande parte do nosso solo fértil. E junto foram a semente, os fertilizantes, que considero irrecuperáveis. O que eu estou falando para os amigos agricultores desejo que não interpretem pelo lado da crítica, e sim como uma advertência positiva, um alerta. Precisamos compreender que todos nós juntos, técnicos, produtores, educadores, ambientalistas, precisamos ter atitudes severas e enérgicas em relação à conservação do solo. E isto sempre quero dizer com a orientação de profissionais qualificados e competentes, para a obtenção dos devidos resultados esperados e que sejam efetivamente positivos. Já melhoramos muito a nossa agricultura na região do Sudoeste do Paraná. Mas há de se crer que nós temos bastante ainda para melhorar, sobretudo no que diz respeito aos cuidados do nosso maior patrimônio, que é a fertilidade do nosso solo.”

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