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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

JdeB, pioneiro (e corajoso) na internet sudoestina há 25 anos

Luciano Trevisan, um dos primeiros responsáveis pelo site do Jornal de Beltrão; e o Jornalista Ivo Pegoraro, presidente da Editora Jornal de Beltrão, na sala do Museu do JdeB. Foto: Jônatas Araújo.

Por Luciano Trevisan – No final da década de 1990, a palavra internet ainda carregava uma aura de ficção científica. A novidade deve ter chego ao Sudoeste por volta de 1997 e não se parecia em nada com essa rede instantânea a que estamos acostumados hoje. A conexão era ‘discada’ — se você não viveu esse tempo, entenda isso como um sinônimo de lento e horrível —, as opções de sites e funcionalidades, bastante limitadas. A verdade é que a internet era mais uma promessa do que uma realidade.

Pra moçada, já era uma festa. Logo apareceram opções pra baixar músicas e as famosas salas de bate-papo, “chat”, que motivavam principalmente a galera sub-23 a esperar a meia-noite pra conectar com custo menor e então virar a madrugada em conversas intermináveis.

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Foi nesse cenário que o Jornal de Beltrão tomou uma atitude, para a época, bastante ousada: ter seu próprio site. Eram poucas as empresas de comunicação que haviam se aventurado a navegar nesse mar. No interior do País, quase nenhuma.

Em janeiro de 1998, há 25 anos, foi lançado o primeiro site do JdeB. Se minha memória não estiver muito falha, essa primeira proposta tinha quase nada de funcionalidades. Todo o ‘portal’ se resumia à tela inicial, que trazia uma foto panorâmica do centro de Francisco Beltrão, a logo do Jornal e um link pra enviar e-mail. Pra nós, no entanto, era um orgulho. Tínhamos site. Eu ficava olhando pra aquela tela estática com a satisfação de alguém que havia pisado na lua.

Pouco depois, outra inovação, e ainda mais corajosa: começamos a publicar notícias no nosso modesto site. Enquanto a maioria dos pequenos jornais temia perder assinantes se disponibilizasse notícias na internet, o Jornal de Beltrão encarou e resolveu quebrar essa barreira. E foi, mais um vez, pioneiro no Sudoeste do Paraná.

Um dos computadores utilizados na época em que o site do Jornal de Beltrão foi lançado. O 286 era comum, lento; o 386 era melhor e o 486, muito rápido comparando com os outros. Foto: Jônatas Araújo.

Tudo bem que, de início, tudo era muito limitado. Criado pela Alfa, empresa que depois virou Ceicom, o nosso site inicial ainda não tinha um banco de dados. O que era publicado num dia tinha de ser deletado no outro para dar lugar a novas notícias.

Mas, a coisa foi melhorando. Banco de dados, possibilidade de usar fotos, galerias, links, mecanismo de busca, entre outras funcionalidades, passaram a fazer parte de algo que, a partir de então, podia ser chamado de portal. E de versão em versão — sempre com muito trabalho — fomos avançando. E o fato é que a gente nunca acha que tá bom. Site é uma coisa que nunca para, sempre tem algum ponto pra melhorar.

Um ponto bastante positivo do pioneirismo do JdeB na internet é a formação de uma base de dados gigantesca. Salvo algumas perdas ocorridas nas migrações de banco de dados, devemos ter notícias regionais cadastradas desde 2002. É o maior banco de informação digitalizada sobre o Sudoeste e possivelmente um dos maiores do Estado — o que condiz totalmente com a proposta da empresa que, desde o seu início, se preocupa em informar com responsabilidade e preservar a história da região.

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