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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Luminárias da duovizinhense Accord fazem sucesso nos Estados Unidos

A empresa se consolida cada vez mais no mercado estadunidense e já planeja exportações para a Europa.

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Planta industrial da Accord, que fica na PR 281 (estrada sentido São Jorge D’Oeste). Foto: Assessoria.

Por Alexandre Bággio – O design das luminárias da Accord Luminárias está conquistando os Estados Unidos. A empresa duovizinhense iniciou o projeto de exportação em 2016 e já está consolidada na terra do Tio Sam. “Depois de uma feira, em 2016, descobrimos alguns caminhos para chegarmos aos Estados Unidos. Tivemos nossos primeiros clientes, conseguimos montar nossa equipe, mas não fomos tão longe por ainda não ter uma certificação que era um requisito das seguradoras de lá, então, voltamos em 2017 e 2018, já certificados, e aí que começamos a expandir. A primeira iniciativa foi buscar um distribuidor único nos EUA e no Canadá, mas optamos em mudar de caminho, montamos equipe de vendas e, graças a Deus, hoje já temos 60 representantes, além de um escritório em Miami, showroom permanente em Dallas e estamos montando outro em High Point, na Carolina do Norte, que tem uma feira de design [móveis, decoração e iluminação] que é  referência mundial. Isso é bom para entrar em contato com os designers de todo o mundo”, resumiu Bernardo Martinkoski Acordi, responsável pela exportação na empresa, em entrevista para a Rádio Educadora.

As luminárias duovizinhenses podem ser encontradas nos principais sites de iluminação e móveis dos Estados Unidos. “Também estamos em lojas físicas em Dallas, Miami, Nova Iorque, San Diego, San Francisco, com produtos em amostra para que as pessoas possam olhar e escolher, as pessoas recebem treinamentos da nossa equipe e podem atender com bastante propriedade”, completa.

E o futuro?

A meta é o mundo. “A gente já está chegando ao Canadá, acontece junto, mas o próximo grande mercado é a Europa e, após isso, teríamos os países asiáticos para expandir. Hoje não vendemos para a China ainda, mas seria bem possível porque nosso produto, para eles não interessa fabricar. Eles gostam de colocar a matéria-prima em uma máquina e sair o produto pronto, e a gente precisa de muitas pessoas para produzir uma luminária, já que cerca de 30 pessoas trabalham com cada uma delas antes de sair da fábrica”, explica Bernardo.

Nos EUA é utilizada a marca Accord Lighting. Foto: Assessoria.

Do Brasil

Ainda causa estranheza para algumas pessoas o fato das luminárias serem brasileiras. “O design todo mundo ama. Os americanos adoram que nosso produto é feito em madeira e, portanto, ser sustentável. Eles ficam curiosos por ser um produto brasileiro porque não é comum, o Brasil importa muito e exporta pouco. É um produto bom, com um preço que se encaixa no mercado e é oriundo de um país diferente. Os produtos mais baratos costumam vir da China, tem muita coisa produzida nos Estados Unidos e alguns europeus que acabam sendo mais caros. Eu digo que entregamos luminárias com a qualidade do europeu e melhor preço”, destaca Bernardo.

O modo de produção da Accord também é diferente do que os americanos estão acostumados. “Nosso produto é feito depois que sai o pedido. Ele não é estocado. Lá, muios clientes estavam acostumados a receber container de produtos. Nosso produto leva três semanas para chegar lá, mas é sempre três semanas. Lá nos Estados Unidos acontece muito de um produto ser lançado e levar três, quatro meses para chegar, já que a produção é terceirizada para a China. Mandamos o produto via transporte aéreo. No início a gente teve alguns desafios com embalagem para esse transporte internacional, mas agora está resolvido”, concluiu Bernardo.

A produção é um desafio

Donato Acordi esmiuçou como é a produção de cada luminária. “É desafiador. O que era possível automatizar na fábrica já foi automatizado. Temos ferramentas modernas de projeto e máquinas de corte. Depois disso, é montagem manual. Quando falamos que cada luminária passa, em média, por 30 colaboradores, é porque o processo, depois do corte, é bastante manual. Nas peças, vemos traduzido o carinho que os seres humanos colocam nelas. Temos a montagem, o processo de lixa e pintura é artesanal, onde oferecemos 16 tipos de acabamentos, e precisa repetir algumas vezes. Depois, se for peça para o mercado americano, vai para uma equipe por causa de alguns componentes diferentes, se for para o brasileiro, é outro caminho. A matéria-prima é muito selecionada e traduz no nosso sucesso. Compramos as melhores lâminas do mercado, a tinta é italiana, os cristais do Egito. Depois vai para a parte elétrica, montagem final, embalagem e expedição.”

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