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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Peconha, maior artilheiro do Tarumã, parou de jogar aos 34 anos

Ele estava entre as “lendas” do Tigre Tarumã no jogo de veteranos que marcou o início das comemorações dos 40 anos do município de Nova Prata do Iguaçu.

Entrevista com Edivaldo Sampaio Dutra, o Peconha, lenda do Tarumã de Nova Prata. Foto: Ivo Pegoraro/JdeB.

JdeB – Entre os craques do Tarumã que ficaram na história, no jogo de sábado passado, no Estádio Municipal de Nova Prata do Iguaçu, um dos mais procurados pela imprensa foi o Peconha. Aos 58 anos (nasceu em 28 do 12 de 1964), funcionário público municipal de Nova Prata, ele conta que deixou de jogar futebol de campo aos 34 anos.

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Mineiro de nascimento, Edivaldo Sampaio Dutra, o Peconha, mudou para o Paraná, com seus pais, aos três anos de idade. Primeiro Cianorte, depois Assis Chateaubriand, onde começou a jogar bola, depois Boa Vista da Aparecida e Nova Prata do Iguaçu. Confira entrevista dele ao JdeB.

JdeB – Sempre jogou de atacante?

Peconha – Não. No começo, eu jogava de meio campo, também de esquerda. Só que eu tinha facilidade pra jogar de centroavante mesmo. Quem me colocou jogar de centroavante foi o seu Gaúcho (técnico), aqui em Nova Prata.

Tem ideia de quantos gols fez?

Peconha – Olha, cara, sei lá, uns fala 150, 160, 170 gols, aqui e na região. Aqui no Tarumã participei em oito campeonatos regionais.

E chegou a fazer quantos gols numa partida?

Peconha – Lembro que eu fiz cinco. Contra o time de Nova Esperança. Não sei se é o Brasil. O máximo que eu fiz foi cinco gols num jogo.

Fazia de pênalti também?

Peconha – Não, e por incrível, não batia pênalti. Quem batia pênalti era o Valdo e o Pietra.

Nem de falta?

Peconha – Não, também não.

Esquerda ou direita?

Peconha – Não, eu fazia gol com a perna esquerda e com a perna direita, e cabeceava também.

Qual era sua melhor jogada?

Peconha – Era fazer “um, dois”, né, tabela. Eu fazia mais o pivô.

Ah. Qual é o jogo que você mais gosta de lembrar?

Peconha – Decisão de Salto do Lontra. Deu aquela briga danada ali, sabe, nós ganhamos deles de 1 a 0 aqui e daí ganhamos de 3 a 2 deles lá no campo deles. Mas tinha umas 8.000 pessoas, colocaram lá.

Você fez gol aquele dia?

Peconha – Não. O Luizinho Cascavel fez um e o (hoje) falecido Valdo fez dois.

Você diz que jogou até os 34 anos. Parou por que?

Peconha – Parei por causa do time. Parou o time aqui, sabe? Andei jogando um pouquinho, mas aí já não tava com vontade de jogar mais. Jogava em time que não oferecia aquele nível e daí a gente não… Eu nunca resolvi todo o jogo sozinho, né, dependia de bastante companheiros. A turma ficava cobrando, daí eu preferi parar. Futebol de campo fiz um jogo aqui na inauguração do campo, faz dois anos, mas aí eu parei mesmo. Vai fazer 15 anos que eu não jogo em campo mais.

Peconha com seu filho Ruan. Pai, de 1,75, artilheiro; filho, de 1,90, zagueiro. Foto: Ivo Pegoraro/JdeB.

JdeB – Mas pelada você joga?

Peconha – Tem um time de 50 anos que a gente joga toda semana. Mas é um sinteticozinho, de noite, né, e essas coisas.

Peconha estava acompanhado do filho Ruan, de 20 anos. Ele também joga bola, mas é zagueiro, mede 1,90 de altura.

O que você diz do teu pai?

Ruan – Nunca cheguei ver jogar. Só peguei no finalzinho, aí eu era pequeno, só consigo lembrar de que a torcida falava, era meia boca, assim dava (risos)…

Mas falam bem dele?

Ruan – Falam bem, diz que joga alguma coisa ainda.

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