“Solo saudável é sinônimo de alimento saudável”, resume Clodomir.

Desde o mês de outubro, a Regional Pato Branco do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) deflagrou a Operação de Intensificação da Fiscalização nas culturas temporárias, como plantações de soja e milho, nos municípios do Sudoeste do Estado. Os fiscais do Conselho estão visitando propriedades rurais para verificar a efetiva participação dos responsáveis técnicos nos processos produtivos.
A Regional do Crea-PR tem convênios com Adapar, Seab, Emater e IAT e aproximação de conselheiros e inspetores com outros órgãos ligados ao agronegócio.
O cruzamento entre os dados do Conselho e de órgãos governamentais permite identificar as propriedades que estão sem engenheiros agrônomos como responsáveis técnicos, agilizando o trabalho de fiscalização.
“Desde outubro, quando iniciamos a operação, foram registradas 126 fiscalizações. A intensificação continuará em novembro, em função do atraso nos plantios, nos 42 municípios do Sudoeste”, relata o gerente da Regional Pato Branco do Crea-PR, engenheiro civil Diogo Colella. De janeiro a outubro deste ano foram feitas 329 fiscalizações em propriedades da região para verificar a presença de responsável técnico pela assistência ao plantio.
Orley Jair Lopes, engenheiro agrônomo, coordenador da Câmara Especializada de Agronomia do Crea-PR, comenta que a safra de verão 2022-23 enfrenta uma situação atípica, o que acontece na agricultura a cada cinco anos, em média. “O Crea, junto com outros órgãos, faz parte da fiscalização, especialmente aquelas relacionadas com a agricultura para orientar os produtores rurais sobre as práticas adequadas. Os produtores rurais desenvolvem atividades muito especializadas e os engenheiros agrônomos desempenham função importante. Às vezes, por falta de uma prática adicional, que um profissional da área pode orientar, perde-se todo o investimento de muitos anos. E leva um bom tempo para recuperar”, observa Orley.
De acordo com o engenheiro agrônomo, muitas situações podem ser resolvidas ou minimizadas com o suporte técnico. “As boas práticas na agricultura não podem ser deixadas de lado e ficam ainda mais relevantes quando se enfrentam situações climáticas adversas”, acrescenta.
Sanidade
Clodomir Ascari, engenheiro agrônomo de Pato Branco, vice-presidente do Crea-PR e presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR), aponta outra tendência que está ganhando força e que necessita, diretamente, do suporte de responsáveis técnicos: a qualidade na produção dos alimentos.
“Solo saudável é sinônimo de alimento saudável. A produção com sanidade começa por aí”, resume Clodomir.