Proteger o meio ambiente é algo que aprendemos cedo, desde os primeiros dias na escola. Parte da educação que o cidadão recebe, ainda na infância, mostra o quão importante é a responsabilidade de ajudar a proteger o planeta onde vivemos. O conceito, no entanto, pode parecer subjetivo quando adotado na vida cotidiana e muitos se perguntam o que, de fato, podemos fazer para preservar o meio ambiente. Fazer pequenas mudanças em nossas vidas diárias pode realmente fazer uma grande diferença?
Há algumas coisas que podemos fazer para reduzir o impacto negativo causado pelo estilo de vida do ser humano contra o meio ambiente no médio e longo prazo. Uma maneira é desenvolver hábitos sustentáveis, como usar transporte público ou andar de bicicleta em vez de ter o próprio carro para dirigir. Por um lado, a atitude ajuda a reduzir a emissão de gases liberados na atmosfera, no entanto, acaba tornando a locomoção no dia a dia menos prática e mais complicada.
Este cenário se repete em outras camadas da sociedade. Por mais que parte da população esteja preocupada com o meio ambiente a ponto de adotar pequenos hábitos sustentáveis, nem todos estão dispostos ou sequer tem condições de fazer mudanças bruscas no estilo de vida para beneficiar o planeta. Outras atitudes como descartar o lixo no local correto e evitar ao máximo utilizar produtos descartáveis e de difícil decomposição acaba sendo mais viáveis para parte da população, já que essas medidas não impactam negativamente na praticidade da rotina.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 74% dos brasileiros entrevistados demonstraram adotar hábitos sustentáveis, sendo que 30% teriam essas atitudes como algo constante, enquanto os outros 44% fariam ocasionalmente. Ainda segundo o levantamento, metade dos consumidores dão preferência a marcas que adotam práticas mais sustentáveis. Em 2019, este número era de apenas 19%.
Apesar do aumento na conscientização da sociedade, grande parte das pessoas ainda resiste a adotar práticas benéficas ao meio ambiente quando acaba pesando no bolso. Segundo o estudo, seis em cada dez brasileiros ainda dizem não estarem dispostos a pagar mais por produtos orgânicos, por exemplo. O número equivale a 62% das pessoas entrevistadas. Por outro lado, ações como a reciclagem e o descarte correto de lixo vêm ganhando cada vez mais adeptos ao longo do tempo.
Ainda de acordo com a pesquisa da CNI, 69% dos brasileiros separam materiais para reciclagem, número consideravelmente maior do que em 2019, quando apenas 55% dos entrevistados adotavam esta prática.
Objetivos como a adoção de práticas sustentáveis e redução na emissão de gases de efeito estufa também são amplamente discutidos dentro das empresas no mundo moderno, priorizando conceitos como a economia verde, que visa o crescimento econômico sustentável e cada vez menos prejudicial ao meio ambiente.
No mercado automobilístico, os carros chamados “híbridos” vêm ganhando cada vez mais espaço, servindo como uma alternativa aos veículos movidos exclusivamente a gasolina e etanol. No caso dos carros híbridos, o motor a combustão funciona com uma rotação menor, auxiliado por um motor elétrico, o que possibilita uma economia de combustível benéfica para o meio ambiente.
Apesar de parecer uma ótima opção, até mesmo para economizar na gasolina, os carros híbridos ainda não se tornaram muito populares em função do investimento inicial necessário para adquirir um veículo. É estimado que os carros deste tipo são, em média, 7% mais caros do que a versão tradicional do mesmo automóvel.
Em contrapartida, para incentivar o uso de carros híbridos e elétricos, o governo oferece um desconto de 50% no Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). Desta forma, após a compra do automóvel, o motorista pode utilizar parte do dinheiro economizado, tanto no pagamento de imposto, quanto no combustível, para gastos extras como um seguro para carro, ou até eventuais manutenções necessárias.
