
Moradora do Bairro Alvorada, a metros do Parque de mesmo nome, Dona Rita, auxiliar de limpeza, não foi trabalhar nesta terça-feira, 11. Desde quando acordou, se deparou com um alto volume d’água – que ainda não havia invadido a casa, mas como moradora do local há 20 anos, ela sabia o que viria pela frente.
Por volta das 15h, a residência, que tem dois andares, estava inundada na parte de baixo, onde estão os dormitórios. Algumas coisas a família conseguiu “salvar”, mas não houve tempo para resguardar móveis pesados, como os roupeiros. “Quando levantei, vi que o negócio seria difícil. Falei com meu chefe, ele entendeu. Porque a gente sabia que não iria parar de chover. Já passei por isso outras vezes”, relata.
Por conta da localização – à beira da Avenida Porto Alegre -, a casa de Dona Rita não foi totalmente atingida. Mesma sorte não tiveram alguns parentes que residem nas redondezas.
“Meus cunhados moram ali pra baixo e estão aqui em casa. Só conseguiram sair de lá com uma escada. Na casa da vizinha, a água chega na janela. A minha cunhada deixou o sofá, colchão. Conseguiram erguer geladeira e eletrodoméstico. Não dá tempo de tirar as coisas. É muito rápido.”
Há alguns anos, a família de Rita morava somente no andar de baixo da casa. Em uma enchente passada, perderam tudo, então passaram a habitar num segundo andar.
Até a realização da entrevista a Defesa Civil não havia visitado o local.
