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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

“Meus cunhados estão aqui. Só conseguiram sair de casa com uma escada”

Residência de Dona Rita é a primeira à esquerda e tem dois andares. O segundo está salvo da água, mas boa parte das residências vizinhas não têm a mesma “sorte”. Foto: Jonatas Araújo/JdeB

Moradora do Bairro Alvorada, a metros do Parque de mesmo nome, Dona Rita, auxiliar de limpeza, não foi trabalhar nesta terça-feira, 11. Desde quando acordou, se deparou com um alto volume d’água – que ainda não havia invadido a casa, mas como moradora do local há 20 anos, ela sabia o que viria pela frente.

Por volta das 15h, a residência, que tem dois andares, estava inundada na parte de baixo, onde estão os dormitórios. Algumas coisas a família conseguiu “salvar”, mas não houve tempo para resguardar móveis pesados, como os roupeiros. “Quando levantei, vi que o negócio seria difícil. Falei com meu chefe, ele entendeu. Porque a gente sabia que não iria parar de chover. Já passei por isso outras vezes”, relata.


Por conta da localização – à beira da Avenida Porto Alegre -, a casa de Dona Rita não foi totalmente atingida. Mesma sorte não tiveram alguns parentes que residem nas redondezas.

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“Meus cunhados moram ali pra baixo e estão aqui em casa. Só conseguiram sair de lá com uma escada. Na casa da vizinha, a água chega na janela. A minha cunhada deixou o sofá, colchão. Conseguiram erguer geladeira e eletrodoméstico. Não dá tempo de tirar as coisas. É muito rápido.”


Há alguns anos, a família de Rita morava somente no andar de baixo da casa. Em uma enchente passada, perderam tudo, então passaram a habitar num segundo andar.
Até a realização da entrevista a Defesa Civil não havia visitado o local.

Região do Parque Alvorada, com a casa de Dona Rita em destaque, antes da inundação. Foto: Google Maps

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