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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Nos municípios de fronteira, brasileiros torcem pela Argentina

Embalados pela festa dos vizinhos e pela raça da equipe comandada por Scaloni, moradores de Barracão e Santo Antônio do Sudoeste aguardam a decisão contra a França, amanhã ao meio-dia.

Na fronteira do Sudoeste do Paraná com a Argentina, a Copa do Mundo segue sendo motivo para mobilizar a população. Amanhã, 18, ao meio-dia, o país vizinho decide o mundial com a França, atual campeã.  Enquanto isso, a equipe de Lionel Scaloni tenta dar fim a um jejum de 36 anos. Os argentinos venceram as copas de 1978, em casa, e de 1986, no México, esta com o talento de Diego Maradona.

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De acordo com o radialista Renato Lima, da Rádio Entre Rios, de Santo Antônio do Sudoeste, no lado brasileiro existe divisão. “Uns vão torcer pela França, outros pela Argentina. Do lado de lá estão empolgados. Vou torcer pela Argentina e acredito que isso seja válido, pela raça dos jogadores, que o Brasil talvez não tenha apresentado.”

Ele conta que, até aqui, em San Antonio, a cidade argentina vizinha, a cada classificação da “Albiceleste” houve muita festa.

Renato Lima, da Rádio Entre Rios, de Santo Antônio do Sudoeste, diz que a Argentina teve a raça que faltou ao Brasil

O árbitro de futebol e mecânico José Bammatter é argentino, mas reside em Francisco Beltrão há quatro anos.

Ele tem carinho pelo Brasil — até já vestiu uma “amarelinha”. Mas nos últimos dias tem se emocionado com a arrancada da seleção comandada por Messi. “Penso que a Argentina tem mérito próprio. É justo e merecido ser finalista. Temos acompanhado os jogos em família. Não torci pelo Brasil, mas fiquei decepcionado com a eliminação da seleção brasileira. Não será fácil enfrentar a França, mas a ilusão é que a Argentina seja campeã.”

O mecânico e árbitro de futebol argentino José Bammatter mora em Beltrão. Já usou camisa do Brasil (foto), mas está esperançoso pelo tri da “Albiceleste”

Rossy Ledesma é argentina, mas trabalha como repórter da Rádio Fronteira, de Dionísio Cerqueira (SC), e está empolgada com a possibilidade de ver a pátria de volta ao topo do mundo.

“Me enche de orgulho e ansiedade de viver esse momento.” De acordo com ela, nas vitórias o ponto de encontro foi o Lago Intermunicipal, no limite com Santa Catarina.

Rossy Ledesma, argentina e repórter da Rádio Fronteira

Por ali deve haver muita comemoração em caso de triunfo sobre os franceses. 

Enquanto isso, em Barracão, Luiz Carlos Gnoatto, do Jornal da Fronteira, relata a empolgação e aguarda carreata e foguetório no domingo, pois vai torcer pelos vizinhos.

“Existe uma rivalidade grande, mas a convivência é harmoniosa. Quando o Brasil ainda estava, era foguetório de um lado pro outro. Agora estou torcendo pelos argentinos, sempre torço pela América do Sul. Primeiro, o Brasil. Agora, por eles.”

Luiz Carlos Gnoatto, brasileiro: “Agora estou torcendo pelos argentinos, sempre torço pela América do Sul. Primeiro, o Brasil. Agora, por eles”

Embora Barracão, Capanema e Santo Antônio do Sudoeste sejam os municípios da região com fronteira aberta, geograficamente, outros quatro fazem divisa com a Argentina: Bom Jesus do Sul, Pérola D’Oeste, Planalto e Pranchita.

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