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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Novo comportamento tem reflexos positivos para os arquitetos

Há uma tendência em as pessoas buscarem espaços personalizados, que refletem a sua essência.

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Por Flávio Pedron – O segmento de móveis planejados vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Pois possibilita ao cliente o poder de personalizar o ambiente de acordo com seus gostos pessoais (cores, texturas, acabamentos) e com o seu estilo de vida pessoal/familiar. O arquiteto é o profissional responsável para auxiliar nessa jornada em busca do móvel perfeito, que satisfaça as necessidades funcionais e estéticas do usuário.  A arquiteta Débora Nazario, coordenadora do Núcleo de Arquitetos (Nudearq), da Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb), considera importante que as empresas de móveis desse segmento tenham profissionais técnicos para orientar o consumidor em um projeto que esteja dentro do seu orçamento e que atenda a sua demanda. 

Débora Nazário, arquiteta: importante a orientação do profissional da área.

“Para nós arquitetos é muito interessante quando a empresa tem um profissional que tenha essa bagagem, com conhecimento mais técnico, porque facilita a dinâmica do processo e a execução do projeto, aqui na ADS Arquitetura, por exemplo, nós já mandamos o projeto pronto, detalhado, com todas as especificações de chapas, acabamentos, ferragens para indústria/marcenaria, então ela tem todos os dados necessário para orçar e produzir o mobiliário. O que pode acontecer é que algumas empresas não trabalham com determinada marca de ferragem, padrão de acabamento ou material específico, neste caso pode ser preciso fazer alguma modificação, troca e nessa hora é importante ter um profissional que tenha conhecimento técnico na empresa, a fim de que o produto entregue ao cliente seja compatível com o projeto”.

Tendência nacional

A fabricação de móveis planejados está em alta no mercado nacional. Débora explica que o aumento por este tipo de serviço e produto ocorre “justamente porque há uma tendência em as pessoas buscarem espaços personalizados, que refletem a sua essência, além disso, a especulação imobiliária faz com o os apartamentos/casas/comércios fiquem cada vez menores. Desta forma, se torna essencial a otimização dos espaços, por exemplo, o nosso ambiente na mostra ArqDecor que será realizada junto a Expofeira Mulher 2023, de 8 a 12 de março, em Francisco Beltrão, é um Quarto Studio de 24 m², nele ao decorrer do dia com pequenas movimentações temos, sala, escritório, cozinha, quarto, banheiro e hall de entrada, isso só foi possível porque utilizamos móveis multifuncionais, a estante da sala vira uma mesa para home office, cama vira painel quando recolhida e tem um sofá embaixo,  a geladeira é oculta, a lavanderia está escondida dentro do armário de roupas, esses móveis são ótimos para ganhar espaço “extra” e garantir que o usuário consiga usufruir desse ambiente reduzido da melhor maneira possível”.

Bom para os arquitetos

Essa tendência tem efeitos positivos também para os escritórios de arquitetura, nos projetos de interiores. “Temos muitos clientes que vêm até nós porque querem um olhar mais criterioso para os auxiliar no desenvolvimento dos ambientes onde eles vão criar suas memórias, muitos já têm a percepção de que o ambiente tem influência sobre a sua vida, tanto para o bem quanto para o mal, e ficamos muito felizes que o público anda cada vez mais interessado e conectado até nos mínimos detalhes de cada espaço. Há também aquele que ainda não sabe o que realmente quer/precisa, neste caso vamos assessorar e conversar com o cliente até chegar a um consenso: “Ah é isso que eu quero/preciso”. O projeto é um processo e eu sempre aconselho todos que passam por aqui a aproveitarem o desenvolvimento desse móvel, dessa sala, desse quarto, pois são momentos valiosos e que não voltam mais. A vida anda tão acelerada que deixamos de valorizar o meio e só nos importamos com o resultado final.

Esse novo comportamento e demanda dos clientes começou a ser observado com mais afinco na pandemia e pós-pandemia da covid-19. “Isso ficou muito evidente porque as pessoas passaram a se preocupar muito mais com a casa. Vínhamos em uma crescente antes da pandemia, onde as pessoas quase nunca ficavam em suas residências e sempre ouvíamos muito: “eu não fico em casa, então, pra que arrumar-lá? Quando foi necessário se recolher e ficar em casa, elas começaram a perceber que seus lares não estavam funcionando como deveriam, e começou uma crescente por reformas: “eu preciso organizar isso; isso não está bom; eu necessito reformar isso”.

É tão bom ver que a casa voltou a ser valorizada, e as pessoas começaram a cuidar melhor dela, porque perceberam que ela não é um artigo de luxo, tem influência sobre a minha qualidade de vida, é o meu espaço, é o meu descanso, o meu lazer. A casa voltou a ser um refúgio, aquele espaço que eu quero estar. O cliente realmente está em busca de um projeto que atenda às suas necessidades, que seja confortável, que represente a sua personalidade, pois a nossa casa é ou pelo menos deveria ser o nosso espelho”.

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