
Crédito: Leandro Czerniaski/JdeB
Cães podem ter uma pequena bolinha vermelha na região ocular. Em alguns casos, trata-se de um prolapso da glândula da terceira pálpebra do animal – ou, como é mais conhecido, de um “olho de cereja”. O problema é bastante comum em cães e não pode ser prevenido, mas deve ser tratado. Afinal, sua evolução pode levar a doenças mais graves, causando até mesmo cegueira.
“O olho de cereja ocorre quando a glândula da terceira pálpebra aumenta de tamanho, projeta-se para fora e gera uma bolinha vermelha. Essa bolinha pode variar de tamanho, chegando ao tamanho de uma cereja, daí o nome popular. Como a glândula fica exposta para fora do olho, ela pode infeccionar afetando a proteção da superfície do globo ocular”, explica a médica veterinária Suzana Melo, analista técnica de marketing da linha de produtos para pets da Syntec do Brasil.
A estatística é contundente: pelo menos 67% da população pet do país já teve problemas oculares, que vão desde simples alergias e olho seco até graves problemas, como úlcera da córnea, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan). O problema é mais comum em animais braquicefálicos, com focinho achatado, olhos grandes e, por vezes, arregalados, destaca a especialista da Syntec.
“A solução para o olho de cereja é única: cirurgia. No entanto, o procedimento é simples e pode ser feito em clínicas veterinárias”, afirma Suzana Melo. “Em razão da falta de tratamentos alternativos, é importante alertar que, ao menor sinal do problema, os tutores devem procurar ajuda profissional, pois quanto mais tempo demorar o diagnóstico e o tratamento mais séria a doença pode se tornar, causando, inclusive, cegueira no pet.” Há também o colírio Tobrasyn, único do mercado sem associações, à base de Sulfato de Tobramicina 0,3%, e que pode auxiliar no tratamento de infecções.