
Por Leandro Czerniaski – Desde domingo à tarde em Francisco Beltrão, equipes atuam em diversas frentes para lidar com os estragos causados pelo temporal. A prioridade foi a liberação de vias e retirada de árvores, galhos e postes que caíram pela cidade, principalmente nos pontos que afetaram a rede elétrica. Este trabalho seguiu até à noite e continuou ontem, durante todo o dia. Os ventos também destelharam casas e a chuva alagou diversos pontos – foram mais de 90 mm em cerca de uma hora, segundo o Simepar.
A Defesa Civil registrou apenas uma família desalojada, mas que retornou pra casa ainda na tarde de domingo. O órgão apontou que a região mais afetada pelo vendaval foi a dos bairros Cristo Rei, Novo Mundo (onde até o CMEI e escola foram atingidos) e São Miguel e que o Corpo de Bombeiros forneceu lonas para quem precisou. Cerca de 100 telhas foram distribuídas. Outra frente atua agora para resolver alagamentos crônicos pela cidade. Um exemplo é a esquina da Rua Antonina com a Romeu Lauro Werlang, onde a canalização subterrânea não vence escoar a água e há inundações quando chove forte. Neste ponto, ontem a Prefeitura fez uma abertura para inspecionar a galeria por dentro e verificar se há alguma obstrução ou problema. Se não for identificado nenhum problema, uma outra proposta terá que ser planejada, segundo a Secretaria de Viação e Obras.
Outros três pontos com alagamentos e que irão receber uma atenção especial do município são a Av. Natalino Faust (próximo à Scherer), a União da Vitória (perto do Mano 2) e a baixada da Rua Floriano Peixoto, no São Miguel. O JdeB esteve neste local ontem à tarde e verificou que a água afetou cerca de 20 residências que estão próximas à canalização do Córrego Lambari.

“Essa situação vem se tornando constante de uns meses pra cá. Uma vez não era assim”, comenta o morador Osvaldo Paim, que aponta a construção de loteamentos e casas nos morros ao redor como uma das causas para o aumento dos alagamentos.
Rigor na fiscalização
O secretário Cláudio Borges (Viação e Obras) indica que, além de obras eventuais, a Prefeitura vai aumentar o rigor em relação à construção de calçadas em frente aos imóveis e de cisternas para água da chuva em obras maiores. “As calçadas serão cobradas, pois temos observado que as enxurradas trazem muita sujeira, terra, restos de construção dos morros para as baixadas, trancando galerias e bocas-de-lobo. Também vamos ter uma orientação mais firme em relação às cisternas para coletar água da chuva, reduzindo o volume que vai para as ruas e melhorando o escoamento”, afirma.