
JdeB – Nesta semana, o candidato ao govermo pelo PDT, Ricardo Gomyde, passou por Francisco Beltrão e Pato Branco. No Jornal de Beltrão, se mostrou otimista com os próximos dias de campanha.
“A maioria dos eleitores, nas pesquisas, não tem uma escolha consolidada. Então, a campanha ainda dá pra ser desenvolvida. Agora que as pessoas estão prestando atenção nos candidatos”, analisou o candidato. Confira a entrevista.
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Quando o voto do eleitor será definido?
Gomyde – A definição do voto, fundamentalmente, é na última semana. O PDT apresentou um fato novo de eleição, um plano de governo estudado ao longo dos dois últimos anos. A melhor proposta quem tem, sem dúvida, é a nossa. Vamos estar no segundo turno, vamos ganhar a eleição. Está tudo no tempo.
E o debate do dia 27, na Globo?
Vai ser um bom debate. E o debate que é importante, porque lá no horário eleitoral gratuito o cara lê o teleprompter, repete aquilo que o marqueteiro mandou falar; no debate o cara se desnuda e é obrigado a ir pro confronto. Dia 27, espero que o governador compareça.
Vencendo a eleição, não terá maioria na Assembleia. O que fazer?
Eu nunca vi, em toda a minha observação política, um governador que não tivesse apoio no parlamento, no Brasil. Eu penso que será muito fácil. Pelo meu perfil, de vivência no movimento social e também nos parlamentos, a gente vai construir entendimentos necessários, isso aí não vai ter qualquer dificuldade. Pode ter certeza que, fruto do bom governo, deputado vai querer estar vinculado a um governo que faz as coisas acontecerem. Nós não teremos problemas.
Muitas propostas no seu plano de governo. De onde virão os recursos?
De várias fontes. Nós estudamos o Orçamento do Estado ao longo desses dois anos. Tudo o que a gente propõe é muito fundamentado. Verba da publicidade oficial, é uma fortuna o que se gastou. Nós vamos poupar, atender os projetos sociais, educação, saúde, segurança pública; a renúncia fiscal no Paraná foi da ordem de 17 bilhões. Sem transparência, não se sabe nada a respeito.
O que é renúncia fiscal?
É você abrir mão do imposto, por consequência de outros benefícios. Então, eu acho que você pode fazer uma renúncia fiscal para uma microempresa, você vai estar trocando o imposto por emprego, isso é positivo. Agora, quando você não tem transparência, é muita abertura de imposto para grandes empresas sem exigir nada em troca. Isso é errado. Tem que ser combatido, inclusive responsabilizado, sendo esse o caso.
A ideia é arrecadar mais para ter mais para investir?
Vamos melhorar a arrecadação do imposto sem aumentar o imposto, porque a economia vai crescer com inteligência, com uma receita funcionando de maneira inteligente, você combate a sonegação que, por si só, também aumenta a arrecadação do Estado.
Quais as prioridades?
Dá pra contratar mais médicos. Dá pra valorizar o servidor público. Dá pra investir em segurança pública, que hoje está abandonados. Essa polícia, com essa situação, dificilmente vai cumprir sua missão funcional.
E a questão do pedágio?
Essa é fundamental, porque ela demonstra como os outros dois candidatos encaram a administração pública, um com falácia e demagogia, o outro, sem fazer nada, é que, por mais de 20 anos, esses preços aviltantes do pedágio, sem que fizessem as melhorias.
O que se propõe?
O pedágio de manutenção. Eu tenho minha proposta, pedágio a menos de 5 reais. Eu estudei o assunto de Santa Catarina, de São Paulo eles fazem a manutenção e a conservação a menos de 5 reais. Se você garante o trânsito dos paranaenses, de quem por aqui passar, faz com que o nosso produto seja mais competitivo, porque nossa produção não vai escoar pagando essas fortunas nas tarifas do pedágio. São Paulo fez, Santa Catarina fez. Nós vamos fazer aqui também.