O secretário de Planejamento Alexandre Pécoits diz que há alguns desafios, ainda, a serem vencidos.

JdeB – No começo de 2022, o prefeito Cleber Fontana (PSDB) anunciou que a Prefeitura de Francisco Beltrão estava iniciando um programa de digitalização de processos internos e externos (atendimento à população e empresas e tramitação de processos internos). A Secretaria Municipal de Planejamento coordenou a implantação do programa. Ao final do primeiro ano de execução desta digitalização, o secretário Alexandre Pécoits (Planejamento) destaca que houve avanços, mas ressalta que há desafios a serem enfrentados. “Foi um ano intenso de utilização. A gente sabe que a digitalização, por mais que esteja presente no dia a dia, ainda é um desafio. Há muitas pessoas que têm dificuldade de lidar com um ambiente totalmente digital, de sair daquele ambiente físico, do documento impresso. Parece que tem pessoas que não acreditam que o documento digital tem a mesma validade que um documento impresso. Ele tem como ter essa validade e autenticidade. A gente vê ainda exemplos de pessoas que pegam o documento criado digitalmente, assinado digitalmente e imprimindo esse documento pra dar alguma validade pra ele. Não tem essa necessidade, um documento com uma assinatura digital, ele tem a sua validade sendo digital”.
Em contato com os funcionários do setor de patrimônio da Prefeitura de Beltrão, Alexandre conta que um servidor lhe “relatou que os trabalhos de acompanhamento, ajustes e inventários do patrimônio do município foi muito agilizado, porque aquela troca de memorandos, de informação, o inventário feito no setor e é devolvido pro patrimônio, a alteração de local de um patrimônio que era feito com bastante dificuldade, uma troca de memorandos, um novo inventário, documento disso, fotos, imagens, isso era tudo um processo físico, hoje se agilizou muito, porque é um processo todo digital, rápido e ágil”.
Ganhos para o poder público
Para Alexandre, há ganhos de redução com impressões, de digitalização, agilidade e na troca de informação. “Então, alguns setores conseguiram aderir e se adequar rapidamente a um processo digital que foi muito positivo, outros setores tiveram mais dificuldade, que é o que nós vamos trabalhar esse ano, nós vamos adequar esses setores para que o processo digital seja seguro e ágil, ele até se tornou seguro, mas perdeu agilidade. Alguns setores o processo digital se tornaram, por incrível que pareça, mais lentos, porque o físico havia uma facilidade de conferência de documentos físicos, por exemplo, que dava agilidade e no processo digital isso é mais difícil, porque tem que abrir a tela, o documento, só o fato de abrir é diferente de folhear um documento físico, em que você checou todos os documentos com uma passada de olho”.
Contrato renovado
Apesar de alguns percalços, Alexandre avalia como positivo o primeiro ano. “De um modo geral, muito positivo, nós renovamos o contrato da plataforma de digitalização, então ela se mantém e é um ano de refinamento, um ano de transformar esses setores que tiveram mais dificuldade e achar caminhos que lhes deem agilidade”.
O mesmo programa/plataforma digital utilizado pela Prefeitura de Beltrão é usado também em mais de 500 municípios brasileiros. Se há adequações, elas são feitas em conjunto. “É uma plataforma em nuvem, então não tem nada instalado em equipamento, servidores próprios do município são todos eles, do próprio fornecedor da solução. Então, as soluções, elas vêm, as adequações e melhorias, elas vêm em conjunto. O que tem é um canal de comunicação que inclui estas sugestões de adequações e algumas delas já foram encampadas, implantadas. Então elas já estão funcionais e estão pra todos os municípios que a empresa atende”, esclarece o secretário. Além dos servidores e diretores de órgãos públicos que utilizam a plataforma, Alexandre diz que há muitas pessoas físicas e jurídicas que já utilizam o novo sistema. “Nós estamos ali com mais de oito mil usuários externos cadastrados na plataforma. Lá não são só cidadãos de Beltrão, porque, por exemplo, um fornecedor que seja de fora da cidade, ele necessariamente pra se comunicar com o município, assinar seu contrato com o wmunicípio, enviar documentações, necessariamente precisa ser usuário da plataforma, então parte disso são fornecedores de fora do município que utilizam da plataforma pra se comunicar com o município, mas já há esse número significativo de usuários, nós queremos que ele aumente e o cidadão tenha facilidade em acessar os serviços públicos”, informa o secretário.