Grupo de pesquisa, formado na região Sudoeste do Paraná, reúne professores e estudantes do Brasil e do exterior.

Por Leandra Francischett – São duas décadas de trabalhos ininterruptos com abrangências regional, nacional e também internacional. O Grupo e Laboratório de Pesquisa Retlee (Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas) da Unioeste, campus de Francisco Beltrão, completa 20 anos de trabalhos, contribuindo com o desenvolvimento local e fazendo uma ponte com a internacionalização, com pesquisadores de Portugal.
Professora Mafalda Nesi Francischett, fundadora do grupo, ressalta que, desde 2002, o Retlee promove o tripé pesquisa, ensino e extensão. “O Retlee nunca parou, temos trabalhos constantes. O grupo permanece durante todo esse tempo, sendo que alguns professores saíram para montar seus próprios grupos de pesquisa e outros permaneceram, como é o meu caso e do professor Clésio Antônio, que participamos desde o surgimento. Alguns professores saíram para aposentadoria, que é o caso da professora Benedita Almeida.” O Retlee recebe acadêmicos de vários cursos de pós-graduação da Unioeste, sendo que os professores do grupo atuam nos cursos de Graduação e de Pós-graduação em Educação e em Geografia.
A internacionalização aconteceu há cerca de 10 anos, numa parceria com o professor Sérgio Claudino, do Igot, de Portugal, que também integra o Retlee. “Trabalhamos com a questão do ensino de Geografia, trocando experiências”, diz professora Mafalda. A parceria acontece com o projeto “Nós Propomos!”, presente em sete países, sendo que Francisco Beltrão é pioneiro no Paraná. “Nós, aqui do Retlee, fomos os primeiros do Paraná nessa parceria internacional. Estamos em quatro municípios do Sudoeste: Beltrão, Itapejara d’Oeste, Pato Branco e Verê. Pretendemos expandir para mais municípios.”
O Retlee já promoveu cinco eventos nacionais. As principais temáticas do grupo são a formação de professores em várias áreas do conhecimento; educação do campo; ensino e aprendizagem de Geografia; Educação Matemática; museu escolar e Cartografia Escolar. O grupo destaca-se por trabalhar a inclusão, principalmente com a confecção de mapas táteis. Em seu laboratório, o Retlee conta com uma máquina Thermoform, que faz a impressão de mapa para cegos.
Parcerias
O Retlee apresenta parcerias com as Secretarias Municipais de Educação e com os Núcleos Regionais de Educação, nos municípios onde é desenvolvido o projeto “Nós Propomos!”. Na elaboração de materiais didáticos para cegos, há um trabalho em conjunto com o CAP (Centro de Apoio Pedagógico) e com as escolas que têm salas de recursos especiais, além de parceria com o PEE (Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais), da Unioeste.
Já foram desenvolvidas duas pesquisas de museu escolar, uma em Marmeleiro e outra em Francisco Beltrão, inclusive com a elaboração de museus nas próprias escolas, a partir da colaboração de estudantes e de professores. Diante da grande demanda, este projeto está sendo ampliado.
Para marcar os 20 anos, o grupo de pesquisa fará uma exposição na Unioeste, entre os dias 5 e 8 de dezembro, com a divulgação de alguns trabalhos desenvolvidos neste período.