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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Sócios da Comfrabel aprovam venda de imóvel para quitar dívida de R$ 13 milhões

Assembleia transcorreu em clima de tranquilidade.

Cesar de Carli, Nelcir Basso, Aremil Reolon e Sergio Tosetto, na abertura da assembleia. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

JdeB – A comissão liquidante da Cooperativa Mista Francisco Beltrão (Comfrabel) comandou ontem a Assembleia Geral Ordinária (AGO) relativa ao exercício financeiro de 2022. Na mesa dos trabalhos estavam os integrantes da comissão, Aremil Reolon, Deolino Capelina e Nelcir Basso, o contabilista Sergio Tosetto e o advogado Cesar de Carli.

Em pauta, a avaliação e a aprovação do relatório administrativo-financeiro, a destinação das sobras ou perdas, autorização para a cobertura das despesas da diretoria, eleição de um terço do conselho fiscal —  foi eleito Ivanir Schmitz como membro do CF — e a autorização para a venda de patrimônios para quitação de dívidas da cooperativa. A venda e a liquidação das dívidas é uma das principais metas da comissão liquidante, juntamente com os cooperados.

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No item venda de patrimônio, os sócios autorizaram a venda de imóveis. Aremil Reolon, presidente da comissão liquidante, enfatizou que “o que a gente quer focalizar é a parte de baixo aqui, os armazéns [de cereais], que ficam entre a Rua Curitiba e a Rua Argentina, uma área de 23.232 metros quadrados, essa área seria pra dar prioridade à venda pra quitação das dívidas junto ao Banco do Brasil e à AGU”.

No ano passado, havia uma estimativa que esta área valeria cerca de R$ 15 milhões. Aremil explicou que “teve duas avaliações aí que na verdade, no momento que chegar a negociação [com o interessado em comprar] e a gente tiver que vender, talvez vai ter que vender até um pouco abaixo do valor da avaliação, porque hoje esse patrimônio da cooperativa é bem localizado. Mas nós também, como vimos, teve uma redução da dívida junto ao Banco do Brasil e a AGU. A gente até se dispôs e a assembleia autorizou vender até abaixo do valor de avaliação pra poder quitar essa dívida”.

A dívida com a AGU, órgão do governo federal, e o Banco do Brasil está estimada em R$ 13,6 milhões. “Com esse valor [da venda] a gente quitaria praticamente todas as dívidas da cooperativa”, enfatizou Aremil. Ele acrescentou dizendo que além destas duas dívidas, há débitos com a Receita Federal, “mas a gente tá pagando mensalmente, ela vai até 2025. Só que no momento em que a gente vender esse patrimônio, vai ter que quitar essa dívida junto à Receita Federal, que daí a gente consegue a transferência desse imóvel pra quem quiser comprar”. A expectativa é que se aparecer interessado, a venda poderá acontecer na faixa de R$ 13,6 milhões a 14 milhões.

O futuro

Após a venda, a intenção da comissão é discutir a retomada das atividades. “O momento seria de vender os imóveis e quitar as dívidas, o segundo passo pra 2023, tem até a possibilidade de retomada das funções da cooperativa, porque existe ainda um patrimônio razoável na mão dela. Mas tudo vai depender das assembleias que vão ser feitas no futuro”, ressalta o presidente da comissão.

Mais imóveis

A Comfrabel ainda mantém outros imóveis na região: em Renascença há um imóvel e armazém de cereais que está sob o controle da empresa Olvetril, até 2026, quando será quitada uma dívida da cooperativa com esta empresa, e há uma área boa e armazém em Ampere, na saída para Santo Antônio do Sudoeste. 

Assembleia

Em anos anteriores, as assembleias aconteceram em clima acirrado. Desta vez, no entanto, as discussões transcorreram em clima de harmonia. “Graças a Deus foi tudo tranquilo. A sociedade tá entendendo que o objetivo dessa diretoria é achar soluções as melhores possíveis pra cooperativa, porque pegar um histórico aí da Comfrabel, a cooperativa nunca prejudicou nenhum associado e sim ter os associados que ficaram devendo pra cooperativa. Então a cooperativa, junto dos associados, tem uma história muito rica, sempre ajudou o associado a permanecer no campo, com assistência técnica e tudo, e não ao contrário, que o associado ficou devendo, a cooperativa nunca ficou devendo pra nenhum associado. Graças a Deus só tem esses avalistas que tão com as terras penhoradas, mas com a quitação desse débito junto ao Banco do Brasil e à AGU se libera esses terrenos penhorados destes sócios”, concluiu Aremil.

De volta à sede própria

Aremil Reolon comentou, também, que a assembleia aconteceu na sede da Comfrabel, na Rua Elias Scalco, Bairro Luther King. Nos últimos anos, a AGO vinha acontecendo na Amsop. “Até 2022 o prédio aqui, que era a sede administrativa da Comfrabel, estava com a CooperSantana, ela vinha administrando e recebendo os aluguéis. A partir de 2023, a Comfrabel voltou a ter a posse desse imóvel, onde nós da diretoria gostaríamos de ter marcado a assembleia e foi marcada e a participação foi muito boa dos associados”.

A cooperativa está tendo receitas com aluguéis de barracões e de sua sede administrativa — que está ocupada por escola particular. A comissão liquidante também parcelou os débitos do IPTU com a Prefeitura de Beltrão, que estavam atrasados, e com a Receita Federal.  “Então, a gente tá levando essas dívidas tudo em dia, com as receitas que a gente tá tendo mensalmente, tamos pagando essas mensalidades da Receita Federal, as parcelas do IPTU e todos os impostos atrasados. A gente tá deixando tudo em dia pra venda desse imóvel e pra acontecer a transferência de imediato”, frisou Aremil.

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