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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Sol, beleza e emoção no desfile do dia 7

Pato Branco, Marmeleiro e Dois Vizinhos suspenderam, mas em Beltrão a chuva parou e o desfile foi sucesso.

Acrobacias, muito aplaudidas pelo público, no desfile de ontem, na Rua Tenente Camargo.

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Por Ivo Pegoraro – Às sete da manhã de ontem, outras cidades da região, como Pato Branco, Dois Vizinhos e Marmeleiro, já tinham adiado ou suspendido o desfile do dia 7 de setembro, mas Francisco Beltrão mantinha a programação, apenas mudando o horário: começar uma hora mais tarde. A garoa logo parou, chegou a ter sol em alguns momentos e o desfile foi realizado com sucesso, das dez às doze horas.

Segundo os organizadores, cerca de cinco mil pessoas desfilaram e mais de dez mil assistiram, em pé ou nas arquibancadas montadas especialmente para o evento, na Rua Tenente Camargo, entre a Avenida Luiz Antonio Faedo e a Rua São Paulo.

Cinco minutos após o encerramento, quando as autoridades ainda se cumprimentavam no palco, parabenizando-se pelo resultado, a chuva recomeçou (leve). As pessoas se olhavam e diziam que, mais uma vez, a decisão do prefeito Cleber Fontana e sua equipe foi correta. Naquele instante, a pedido do JdeB, o prefeito fez a seguinte avaliação:

“Fantástico, desfile digno dos 200 anos da independência do Brasil, dos 70 anos de Francisco Beltrão e o nosso povo, através das entidades, dos clubes de serviço, das escolas, de todos enfim, serviços públicos, das nossas forças de segurança, todo mundo bem representado neste ponto alto de civismo, patriotismo e cidadania”.

Palanque das autoridades, no cruzamento da Tenente Camargo com a Avenida Júlio Assis Cavalheiro.

O desfile começou pontualmente às 10h, porque a revista à tropa do Exército (16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado) já tinha sido feita pelo prefeito Cleber Fontana  e o comandante, capitão Rinaldo Reis de Moraes Júnior. O roteiro seguiu os anteriores, abriu com o Exército seguindo da Polícia Militar, Polícia Civil, Depen, IML e aí vieram as entidades e escolas. O encerramento, como é tradição local, ocorreu com os cavalos e cavaleiros dos CTGs. Estavam em 70, em homenagem aos 70 anos do município.

Se é pra apontar algum defeito no desfile, teve quem reclamou que, no início, havia muita demora entre o desfile de uma e outra entidade. Mas logo o tempo diminuiu e o desfile foi completado dentro do tempo previsto de duas horas.

Os 200 anos do Brasil, um dos temas do desfile deste ano.

Local de encontro e emoção para muitas pessoas

São muitos os motivos que levam as pessoas a assistir desfiles de 7 de setembro, admirando-se e também se emocionando: porque alguém da família está desfilando, por lembrar de seus tempos de estudantes ou simplesmente para ver a beleza e a diversidade dos blocos que se apresentam. Mas desta vez tinha um motivo especial: a comemoração dos 200 anos do Brasil e, mais ainda, os 70 anos do município de Francisco Beltrão. Algumas pessoas entrevistadas ontem mostram isso.

Na esquina da Tenente Camargo com a Antônio de Paiva Cantelmo, estava a dona Vilma Verônica Ferreira Simião. Ela é goiana de Anápolis, mudou para Beltrão há apenas dois anos. Sobre a cidade, diz que “é muito bonita, boa de viver, lugar tranquilo”. E o desfile? “Lindo, meu neto (Jorge Henrique, estuda no Pedro Algeri) desfilou.”

Professor Célio Steinbeck viveu 66 dos 70 anos
do município.

No meio da quadra, sentados em cadeiras levadas de casa, estavam Elemar Dávila e Líria Appel apreciando o desfile, desde o primeiro instante. Ele nasceu em Ampere, depois residiu em Salgado Filho e está em Beltrão há 12 anos. Já tinha assistido outros desfiles de 7 de setembro, antes da pandemia. Disse que estava bom, “apesar de que hoje tem menos população, até porque o tempo, acho, atrapalhou”. Sobre o tema dos 70 anos do município, também gostou, porque conhece bem a história, “acompanhei desde o tempo de Marrecas”. Ele lembrou de um período que queria residir em Beltrão mas era difícil conseguir emprego, e hoje tem emprego, o que falta é trabalhadores.

Na esquina da Avenida Luiz Antônio Faedo, estavam duas famílias vizinhas que residem na da Rua Curitiba: Vasco e Ana Montemezzo, Cládis e Vilmar Mazetto. Dona Ana disse que o desfile estava “lindo, depois de três anos que a gente não sai de casa é bom ver as coisas, está maravilhoso; a gente tem que começar a sair mais”.

Para a Cládis, chamou a atenção, entre outras coisas, um caminhão de mudanças, mostrando as diferenças de hoje e os primeiros tempos do município, nos anos de 1950. Já o marido Vilmar observou que o desfile também mostra o que Francisco Beltrão é hoje. Dá pra gente conhecer o que Beltrão tem de escolas, associação, também de polícia, quartel, bombeiros, o Depen, no dia a dia a gente não vê tudo isso, na parte de segurança está bem equipado. Para o casal Patrícia (filha do Vilmar e da Cládis) e Clederson Correa, as escolas representaram bem a história, destacando o bloco de alunos que representaram todos os prefeitos que o município já teve, com o nome dos prefeitos em faixas que levavam no peito. “E o mais novinho era o Cleber.” (prefeito atual).

Celmo Salvadori: Parabéns a todos que organizaram e os que desfilaram, tudo muito bom.

Em frente ao palanque, no meio do público, estava o ex-vereador Celmo Salvadori, presidente da Câmara de 2001 e 2002. Gostou do desfile? “Ah, muito bom, fora de série, meu Deus do céu! Do começo ao fim, só emoção. Muito bom. Parabéns à administração, parabéns aos organizadores e quem desfilou, parabéns mesmo.” Na comparação dos 200 anos do Brasil e os 70 do município, Celmo viu mais destaques para o município. “Foi bem desenvolvido, o aparato apresentado.” E o evento veio em boa hora: “Estava fazendo falta. Muita gente se encontrando aqui, revendo amigos, colegas que passaram pela Câmara. Estão todos de parabéns, muito bom”.

O professor aposentado Célio Steinbeck, de 74 anos, reside em Beltrão desde 1956, acompanhou, portando, 66 dos 70 anos do município. Ele gostou da abordagem feita por escolas e entidades. “Eles mostraram bem, desde a colonização, com os carros alegóricos, e também mostraram o futuro do município. O futuro que está espelhado principalmente nas escolas da educação básica e a quantidade de alunos que estão sendo atendidos em todas as escolas. O desfile das entidades também mostra muito sobre os 70 anos de Francisco Beltrão. Eu participei muito dessa história, desde 1956, conheci Beltrão pequenininha ainda. E hoje a gente vê esse município grandioso e pujante na região Sudoeste, mostrando a força do povo que veio pra cá. Esse povo oriundo de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul; eles trouxeram muitos sonhos que plantaram aqui e realizaram. Os antepassados que já se foram são exemplos típicos que passaram para as novas gerações a vontade de trabalhar e progredir.”

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